Delatores da Lava Jato fazem acordo nos EUA
Dois colaboradores da Operação Lava Jato fecharam acordos com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para dar informações sobre o envolvimento de cidadãos e empresas americanas no esquema de corrupção na Petrobras; são eles: o executivo da Toyo Setal Augusto de Mendonça e o lobista Julio Camargo; também tentam um acerto com os americanos o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o doleiro Alberto Youssef, já condenados no Brasil; Nestor Cerveró, que sai da prisão no dia 24, também tentará um acordo com os EUA
247 - Dois colaboradores da Operação Lava Jato fecharam acordos com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para dar informações sobre o envolvimento de cidadãos e empresas americanas no esquema de corrupção na Petrobras. São eles: o executivo da Toyo Setal Augusto de Mendonça e o lobista Julio Camargo.
Nos depoimentos prestados por Augusto de Mendonça, em dezembro, e Julio Camargo, em março, os agentes americanos concentraram suas perguntas nas operações feitas em dólar e que utilizaram entidades vinculadas ao seu país. Os interrogatórios duraram cerca de dez horas.
Em abril, após assinar o acordo, Mendonça recebeu as garantias de que não será processado em território americano e que ficará isento de pagar mais multas além das já impostas pela Justiça brasileira. Camargo contou com os mesmos benefícios.
O ex-gerente Pedro Barusco, por exemplo, relatou a interlocutores que pretende firmar o acordo para seguir com seu tratamento de combate a um câncer ósseo nos EUA.
Alberto Youssef tentou obter o green card, o cartão de residência permanente nos EUA, por meio do acordo. A Justiça americana, porém, descartou a possibilidade.
Os acordos ainda garantem que as informações colhidas pelo Departamento de Justiça não poderão ser usadas contra eles em ações movidas por investidores que processam a Petrobras na Justiça americana em busca de reparação para seus prejuízos.
Outro alvo de investigação do Departamento de Justiça Americana é a Odebrecht, que negocia um acordo no país enquanto busca firmar a delação premiada de cerca de 50 executivos no Brasil, incluindo o herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht. Se as negociações vingarem, a empresa terá que pagar uma multa, e as descobertas feitas pelos investigadores americanos serão mantidas em segredo.
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