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    "É hora de China e Brasil realizarem uma cooperação estratégica completa", diz chanceler chinês

    Segundo Wang Yi, a parceria" também deve servir como um exemplo de unidade e cooperação entre os países do Sul Global"

    O diretor do Gabinete da Comissão Central de Relações Exteriores da China, Wang Yi (Foto: REUTERS/Wolfgang Rattay)

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    247 - Em um cenário de estreitamento das relações diplomáticas, a delegação brasileira, liderada pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), encerrou suas reuniões em Pequim com um apelo do chanceler chinês Wang Yi para que "é hora de China e Brasil realizarem uma cooperação estratégica completa". Segundo a Folha de S. Paulo, o relato foi divulgado pela chancelaria chinesa e ressalta a vontade de ambos os países em alinhar suas estratégias de desenvolvimento e filosofias de governo, agora, segundo Wang, em "novas circunstâncias".

    Um dos tópicos centrais das discussões foi a possível inclusão do Brasil na Iniciativa Cinturão e Rota, um ambicioso programa chinês voltado para infraestrutura. Wang enfatizou que a parceria deve "não apenas atender aos interesses fundamentais dos dois povos, mas também servir como um exemplo de unidade e cooperação entre os países do Sul Global". disse o chanceler em referência a aliança entre nações da América Latina, África e Ásia

    A delegação brasileira também contou com a presença de Gabriel Galípolo, recém-aprovado presidente do Banco Central, e Celso Amorim, assessor especial da Presidência. Além deles, a ex-presidente Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento [Banco dos Brics], também fez parte do grupo. Embora os detalhes das parcerias ainda não tenham sido revelados, Galípolo indicou que os anúncios de Xi Jinping e do presidente Lula abrangerão áreas como infraestrutura, tecnologia e finanças.

    Simultaneamente, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), também esteve em Pequim, onde se encontrou com Jin Zhuanglong, ministro da Indústria e Tecnologia da Informação da China. Jin expressou a disposição do país em colaborar com o Brasil para promover a sinergia nas estratégias de desenvolvimento, com foco em tecnologia 5G, satélites e inteligência artificial.

    Juscelino destacou a expectativa de que mais empresas chinesas invistam no Brasil e mencionou sua visita à GalaxySpace, uma empresa chinesa que pretende competir com a Starlink, de Elon Musk, e que se ofereceu realizar testes no território brasileiro. Além disso, ele e Frederico de Siqueira Filho, presidente da Telebras, planejam visitar a SpaceSail, outra empresa chinesa de satélites, que já tem um projeto avançado e pretende lançar seu serviço no Brasil até 2027.

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