Editorial do Global Times destaca papel progressista da China no mundo em transformação

247 - Em editorial publicado no último dia de 2024, o jornal chinês Global Times diz que a "mudança" foi o tema definidor dos acontecimentos do ano e embora gerando incertezas, “essas mudanças também despertaram aspirações compartilhadas e clamores por ação – buscando consenso em meio à turbulência, ressonância em valores comuns e coexistência em harmonia.”

O jornal cita o site das Nações Unidas: "Mesmo pelos padrões dos últimos anos, 2024 foi um ano de turbulência, no qual novos conflitos eclodiram, crises existentes se intensificaram e desastres agravados pelo clima se multiplicaram", afirma um resumo no site oficial das Nações Unidas. De fato, no último ano, cerca de 70 países ou regiões, abrangendo metade da população mundial, realizaram eleições para liderança ou parlamentos, destaca o jornal.

“A economia global enfrentou desafios cíclicos e estruturais sobrepostos, com o unilateralismo e o protecionismo ressurgindo. Em algumas nações, a disputa interna entre partidos políticos ou facções se intensificou, com mudanças frequentes de liderança. Enquanto isso, conflitos persistiram e novos confrontos surgiram em outras regiões. Diante desses desafios multifacetados, os clamores por consenso, paz e desenvolvimento tornaram-se mais altos”, aponta o editorial.

“A visão compartilhada da sociedade humana está enraizada no simples desejo de viver uma boa vida. Esse desejo transcende fronteiras, cores de pele e nacionalidades, unindo toda a humanidade. É também por isso que o conceito de construção de uma comunidade global com um futuro compartilhado, juntamente com as três iniciativas globais da China, conquistou entusiástico apoio internacional. Em 2024, palavras como ‘Viagem à China’, ‘Da fazenda francesa à mesa chinesa’, ‘De Chancay a Xangai’ e ‘Serviço de trem de carga China-Europa atinge marco com o 100.000º trem chegando à Alemanha’ destacam as oportunidades que a China traz ao mundo.”

O Global Times destaca o grande acontecimento que foi em julho de 2024 a terceira sessão plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China, que “enviou um forte sinal do compromisso da China em aprofundar reformas abrangentes e avançar na modernização chinesa, demonstrando os valores que definem a China na nova era. Além disso, os cinco princípios de coexistência pacífica, anunciados há 70 anos, continuam a ressoar profundamente em todo o mundo, sendo amplamente reconhecidos como diretrizes fundamentais nas relações internacionais. Esses ‘valores vivos’, duradouros, que permanecem vibrantes após sete décadas, ampliaram o espectro dos valores universais humanos, fornecendo inspiração e orientação para o futuro compartilhado da humanidade”, aponta o editorial

O jornal põe em relevo também o pensamento do líder máximo chinês: “Para enfrentar os desafios comuns da humanidade, o presidente Xi Jinping lançou luz sobre soluções com a sabedoria oriental, promoveu consenso com os valores compartilhados de toda a humanidade e interpretou a essência de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.”

“Em 2024, desde a Cúpula da Organização de Cooperação de Xangai em Astana e a 16ª Cúpula do BRICS em Kazan até a 31ª Reunião de Líderes Econômicos da APEC em Lima e a 19ª Cúpula do G20, Xi discutiu a tendência crescente do "Sul Global" e guiou sua solidariedade e cooperação com soluções chinesas, injetando impulso contínuo para a promoção de um mundo multipolar mais igualitário e ordenado.”

“Em um mundo repleto de incertezas, a capacidade da China de solidificar sua base de ‘estabilidade’ e liberar a força motriz para o ‘progresso’ é inseparável dos esforços incansáveis de cada trabalhador e lutador. Esse ímpeto é vibrante e dinâmico, brotando com vitalidade e se reunindo em cada unidade social. Dos campos rurais às fábricas, dos laboratórios de tecnologia às ruas urbanas, trabalhadores da nova era da China desenvolveram o primeiro sistema operacional móvel produzido domesticamente, o primeiro sistema de interação inteligente de interface cérebro-máquina em chip do mundo e produziram as baterias, painéis solares e componentes para veículos de nova energia mais avançados e econômicos do mundo. Esses esforços aparentemente pequenos, mas persistentes, inspirados por aspirações de uma vida melhor, convergem em um poderoso e inabalável rio da economia chinesa, compondo a narrativa do futuro econômico da China e também determinando a posição importante que a China ocupa na cadeia global de valor industrial. Esse espírito de progresso e colaboração personifica a busca dos chineses por prosperidade compartilhada, estende sua visão orientada por valores ao palco global e escreve um novo capítulo na globalização econômica que beneficia todos e é inclusiva.”

O editorial conclui enfatizando o papel da China no cenário global. “À medida que o tempo avança e os esforços continuam, a China, com sua postura proativa, princípios firmes, valores duradouros e ritmo constante, está se tornando um pilar de estabilidade global e um defensor crucial do multilateralismo e da multipolaridade mundial. Olhando para 2025, com seu horizonte promissor já à vista, temos plena confiança. Essa confiança vem da resiliência do desenvolvimento da China e da determinação de mais de 1,4 bilhão de pessoas em ‘criar um futuro brilhante com suas próprias mãos’."