EUA dizem que vitória de Maduro na Venezuela "não reflete a vontade do povo"
Vitória de Maduro foi questionada pelos EUA, Canadá e vários países da região
(Sputnik) – Os Estados Unidos estão revisando dados eleitorais compartilhados pela sociedade civil venezuelana e por observadores internacionais enquanto continuam a monitorar o resultado da eleição de domingo, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC), Adrienne Watson, nesta terça-feira (26).
"Continuamos a pedir que as autoridades eleitorais da Venezuela divulguem resultados de votação completos, transparentes e detalhados, incluindo por seção eleitoral... Também estamos revisando outros dados eleitorais compartilhados por organizações da sociedade civil e os relatórios dos monitores internacionais das eleições", disse Watson em um comunicado.
A porta-voz afirmou que tais medidas são necessárias considerando que os resultados eleitorais anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela "não refletem a vontade do povo venezuelano".
A eleição presidencial de 28 de julho resultou na vitória do presidente Nicolás Maduro para um terceiro mandato. O anúncio dos resultados provocou protestos na capital, Caracas, e além, com relatos de confrontos entre a polícia e apoiadores da oposição. O governo venezuelano acusou vários países de interferência nas eleições.
A vitória de Maduro foi questionada pelos EUA, Canadá e vários países da região. Os presidentes da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, em carta conjunta, solicitaram uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos e exigiram a revisão completa dos resultados das eleições por observadores eleitorais independentes.
Em resposta, o governo venezuelano retirou seus diplomatas dos países latino-americanos que não reconheceram os resultados da eleição presidencial. Também pediu que esses países retirassem seus próprios representantes que atuavam em Caracas.
A vitória eleitoral de Maduro foi reconhecida por Rússia, China, Bielorrússia, Irã, Nicarágua, Cuba e Bolívia, entre muitos outros.
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