EUA e aliados atuam para impedir que TPI emita mandados de prisão contra autoridades de Israel por guerra em Gaza
Ainda não foi publicamente determinado quem são os alvos dos mandados ou quais alegações seriam feitas contra cada um
247 – Os Estados Unidos, Israel e outros países aliados atuam por canais diplomáticos para evitar que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emita mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e outros funcionários do governo por denúncias relacionadas à guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. De acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo nesta segunda-feira (29), líderes do movimento palestino também seriam alvos dos mandados.
Os esforços diplomáticos estariam focados em dissuadir o procurador do TPI, Karim Khanda, da ideia de solicitar os mandados, que podem ser emitidos ainda nesta semana.
Em resposta à suposta movimentação diplomática para impedir os mandados, a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou nesta segunda-feira que o governo dos EUA não interfere no trabalho realizado pelo TPI.
Ainda não foi publicamente determinado quem são os alvos dos mandados ou quais alegações seriam feitas contra cada um, mas funcionários israelenses informaram ao jornal Haaretz que há uma expectativa de que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e o chefe do Exército Herzl Halevi sejam os prováveis alvos.
Na última sexta-feira (26), Netanyahu declarou nas redes sociais que qualquer intervenção do TPI "estabeleceria um precedente perigoso que ameaça os soldados e oficiais de todas as democracias que lutam contra o terrorismo selvagem e a agressão gratuita." Israel não é membro do Tribunal e não reconhece sua jurisdição.
Entenda o caso – Em 7 de outubro de 2023, o movimento palestino Hamas lançou um grande ataque de foguetes contra Israel a partir de Gaza e atravessou a fronteira, matando 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 240 outras. Israel lançou ataques de retaliação, ordenou um bloqueio completo de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Até agora, mais de 34.400 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza, disseram as autoridades locais. (Com informações da agência Sputnik).
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