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    EUA vão impor sanções a grupo israelense que atacou comboios de ajuda humanitária em Gaza

    Sanções terão como alvo o Tsav 9, um grupo que possui vínculos com reservistas do Exército israelense e colonos judeus na Cisjordânia

    Colonos judeus observam assentamento de Kokhav Hashahar, na Cisjordânia ocupada (Foto: RONEN ZVULUN/REUTERS)

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    Reuters - Os Estados Unidos vão impor sanções a um grupo israelense nesta sexta-feira por atacar comboios de ajuda humanitária destinados a civis famintos em Gaza, disseram autoridades norte-americanas à Reuters, na mais recente ação contra atores que Washington acredita ameaçarem as perspectivas de paz entre Israel e os palestinos.

    As sanções terão como alvo o Tsav 9, um grupo que possui vínculos com reservistas do Exército israelense e colonos judeus na Cisjordânia ocupada por Israel, por atividades que incluem bloqueio, assédio e danos a carregamentos de ajuda.

    Os palestinos precisam desesperadamente de ajuda enquanto Israel continua sua invasão e bombardeio de oito meses, que já matou pelo menos 37.000 pessoas, de acordo com autoridades de saúde do território. Israel também tem enfrentado acusações de bloqueio de ajuda, o que nega.

    Membros de direita do governo de Israel, ligados ao movimento dos colonos, têm se oposto ao esforço do presidente dos EUA, Joe Biden, de forjar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas para pôr fim à guerra de Gaza, que começou com os ataques do grupo palestino ao sul israelense em 7 de outubro, que mataram cerca de 1.200 pessoas, de acordo com os registros israelenses.

    As sanções financeiras serão impostas de acordo com um decreto sobre violência na Cisjordânia, assinada por Biden em fevereiro, que foi usada anteriormente para impor restrições financeiras a colonos judeus envolvidos em ataques a palestinos, bem como a um grupo militante palestino.

    "Estamos usando a autoridade para sancionar uma seleção cada vez mais ampla de atores, visando indivíduos e entidades que ameaçam a paz, a segurança e a estabilidade da Cisjordânia, independentemente de religião, etnia ou localização", disse Aaron Forsberg, diretor do escritório de política e implementação de sanções do Departamento de Estado, à Reuters.

    Em 13 de maio, membros do Tsav 9 saquearam e depois incendiaram dois caminhões de ajuda humanitária perto da cidade de Hebron, na Cisjordânia.

    O Tsav 9 -- palavra hebraica que significa Ordem 9, uma referência às ordens de convocação dos reservistas militares israelenses -- disse que, após o incidente de 13 de maio, agiu para impedir que os suprimentos chegassem ao Hamas e acusou o governo israelense de dar "presentes" ao grupo islâmico.

    A medida congela todos os bens que o grupo possui sob a jurisdição dos EUA e impede que os norte-americanos negociem com ele.

    "Continuaremos usando todas as ferramentas à nossa disposição para promover a responsabilização daqueles que tentam empreender ou perpetrar tais atos hediondos", disse Forsberg. "Levantamos essa questão em todos os níveis do governo de Israel e esperamos que as autoridades israelenses façam o mesmo."

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