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    Extrema direita francesa não conquistará maioria no Parlamento, aponta pesquisa

    Resultado eleitoral poderá levar a França a um período de incerteza política

    Marine Le Pen e Jordan Bardella: seu partido de extrema direita pode sair em primeiro lugar, mas sem maioria absoluta (Foto: REUTERS - CHRISTIAN HARTMANN)

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    247 - Pesquisas divulgadas na sexta-feira (5) na França apontam que a extrema direita não conquistará as 289 cadeiras necessárias para formar maioria no Parlamento, informa a Reuters. 

    Uma pesquisa OpinionWay para o jornal de negócios francês "Les Echos" projetou o Reunião Nacional (RN), de extrema direita, ganhando 205-230 assentos, à frente da Frente Popular de Esquerda (NFP) com 145-175 assentos, e o bloco do presidente Emmanuel Macron com 130-162 assentos.

    Uma pesquisa Ipsos previu que o RN conseguiria 175-205 assentos e os pesquisadores da Ifop deram uma estimativa de 170-210.

    Se obtiver a maioria absoluta, o partido Reunião Nacional (RN) indicaria Jordan Bardella para se tornar primeiro-ministro, o que obrigaria o presidente Emmanuel Macron a governar com a extrema direita, que colocaria a França numa situação chamada de "coabitação".

    Especialistas são céticos com os resultados porque avaliam que nem todos os eleitores compareçam no primeiro turno, o que torna o resultado incerto. Assim, partidos de todos os espectros políticos pediram aos eleitores franceses que vão votar no segundo turno do pleito, neste domingo (7), já que as pesquisas de opinião preveem que a extrema direita seria o maior partido, mas não conseguiria a maioria absoluta. 

    Muita incerteza permanece, inclusive se os eleitores apoiarão esses esforços para bloquear o RN, dizem os pesquisadores.

    "O grande desconhecido é o tamanho da frente republicana. Um eleitor de esquerda votará em um candidato de direita ou em um candidato do campo de Macron?", questionou o pesquisador da IFOP Jerome Fourquet à rádio "RMC". "Tanto estava no ar que uma aliança de esquerda ultrapassando o RN não poderia ser completamente descartada no final", completou Fourquet. 

    Se a votação estiver em linha com as últimas pesquisas, a eleição resultará em um parlamento suspenso. Com isso, as opções incluiriam tentar formar uma coalizão de governo; um partido administrando um governo minoritário; ou nomear um governo interino que tentaria fazer acordos sobre cada proposta legislativa.

    Qualquer um desses cenários provavelmente significaria incerteza política e obstrução da formulação de políticas.

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