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    Termina na França campanha para as eleições legislativas

    As eleições se realizam em clima de polarização política e definirão a futura composição da Assembleia Nacional

    (Foto: Reuters)

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    Prensa Latina - Os blocos políticos em disputa encerraram nesta sexta-feira (5) sua campanha para o segundo turno das eleições legislativas da França, que se realizam no domingo (7) em um ambiente de muita polarização.

    As eleições definirão a futura composição da Assembleia Nacional.

    As atenções estão voltadas para o partido identificado com a extrema direita, Reunião Nacional (RN), que aspira a conseguir a maioria absoluta na câmara baixa, elegendo pelo menos 289 de seus 577 deputados, para chegar pela primeira vez ao poder por meio do primeiro-ministro, cargo para o qual já indicou seu presidente Jordan Bardella.

    O debate e a polêmica dominam o ambiente político desde que se considerou uma possibilidade real a vitória do partido liderado por Marine Le Pen, considerado por muitos a esperança de superar males como a perda de poder aquisitivo, a insegurança e o aumento da imigração, enquanto milhões veem em seu programa um distanciamento dos valores republicanos.

    Impulsionado por suas vitórias nas eleições europeias de 9 de junho e na primeira rodada das legislativas, no domingo passado, o RN se declara pronto para governar o país, em meio a acusações de que suas posturas são racistas, anti-imigrantes, anti-europeias e semeadoras de ódio.

    As pesquisas dos últimos dias afastam a organização herdeira da Frente Nacional, fundada por Jean-Marie Le Pen, da maioria absoluta. 

    Se antes as sondagens refletiam como uma possibilidade o domínio do RN na Assembleia, as mais recentes o situam com um máximo de 220-240 deputados, entre eles a pesquisa do Instituto Francês de Opinião Pública, divulgada na quinta-feira. 

    A explicação para o declínio deve ser buscada na cruzada para impedir a chegada ao poder da extrema direita, executada pelo bloco da esquerda Nova Frente Popular, integrado por socialistas, insubmissos, comunistas e ecologistas, e o oficialista Juntos, forças que terminaram em segundo e terceiro lugar na primeira rodada das legislativas, respectivamente.

    Nesta semana, ambas as coalizões retiraram mais de 200 de seus candidatos da disputa, com o objetivo de favorecer o melhor posicionado para derrotar o candidato a deputado do RN em suas circunscrições, marcando o início de uma frente republicana contra a extrema direita. 

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