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Falha cibernética global já prejudica sistemas de saúde ao redor do mundo

Hospitais e clínicas no Reino Unido, Alemanha e Israel relatam problemas para acessar exames, testes de sangue e históricos de pacientes

(Foto: Pixabay)

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247 - Um apagão cibernético de grandes proporções atingiu várias nações nesta sexta-feira (19), impactando severamente até mesmo o funcionamento de hospitais no Reino Unido, na Alemanha e em Israel, segundo o jornal O Globo. As instituições de saúde enfrentaram dificuldades significativas, tendo que recorrer a métodos manuais para manter os serviços essenciais.

Na Alemanha, os hospitais em Lübeck e Kiel foram obrigados a cancelar cirurgias eletivas programadas para esta sexta-feira, conforme relatado pelo jornal The Guardian. Os sistemas digitais dos hospitais ficaram inacessíveis, forçando as equipes médicas a trabalhar sem suporte tecnológico, embora o atendimento aos pacientes críticos não tenha sido interrompido.

Em Israel, mais de uma dúzia de hospitais, incluindo Shaare Zedek em Jerusalém, Laniado em Netanya, Barzilai em Ashkelon e Wolfson em Holon, além do provedor de serviços de saúde Meuhedet, foram afetados pelo apagão. Segundo o The Times of Israel, o Ministério da Saúde informou que essas instituições estão operando de forma manual, mas assegurou que o cuidado aos pacientes não foi comprometido. Os hospitais estavam preparados para este tipo de interrupção devido a exercícios de preparo realizados anteriormente.

No Reino Unido, o apagão causou transtornos significativos, especialmente nos consultórios de clínicos gerais. O sistema de software EMIS, crucial para o agendamento de consultas e acesso a registros médicos, foi severamente impactado. Os médicos enfrentam dificuldades para acessar exames, testes de sangue e históricos de pacientes, o que aumenta os riscos para pacientes com condições médicas complexas.

Em resposta, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) adotou medidas de contingência, utilizando registros em papel, prescrições manuscritas e sistemas telefônicos para manter o atendimento. "O NHS tem medidas de longa data para gerenciar a interrupção", afirmou um porta-voz.

A clínica geral Farah Jameel, de Londres, expressou preocupação com a situação, destacando a insegurança de não poder acessar informações vitais dos pacientes. "É bastante inseguro", disse Jameel, enfatizando que o acúmulo de atrasos pode ter um impacto significativo no atendimento ao paciente.

A interrupção ocorreu após a queda de um programa de cibersegurança amplamente utilizado e problemas nos serviços em nuvem da Microsoft. A empresa de cibersegurança CrowdStrike Holdings alertou sobre falhas causadas pelo seu produto de monitoramento de ameaças Falcon Sensor, que afetou o sistema operacional Windows. Embora a Microsoft tenha relatado que a causa da pane foi corrigida, alguns aplicativos do 365 ainda enfrentam problemas.

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