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    França avalia proposta de Lula, mas diz que 'clube da paz' deve reconhecer agressão da Rússia à Ucrânia

    Para o governo francês, é obrigatório que os países que mediarão a paz entre russos e ucranianos reconheçam que houve uma violação da Carta das Nações Unidas

    (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein | REUTERS/Maksim Levin | REUTERS/Pascal Rossignol/Pool)

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    247 - O governo da França aprovou o apoio brasileiro à resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condena a invasão da Ucrânia pela Rússia, mas sinalizou que o grupo de países não envolvidos no conflito para mediar a paz na região, idealizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “precisa estar baseado, como critério, no reconhecimento de que houve uma violação da Carta das Nações Unidas”, diz o jornalista Jamil Chade, no UOL. 

    "Para os franceses, o Brasil sinalizou nesta direção e não haveria um obstáculo. Mas, entre diplomatas europeus, existem dúvidas se os demais países emergentes que formariam parte do ‘clube da paz’ também adotariam tais princípios”, ressalta Chade. Ainda segundo a reportagem, a ministra francesa de Relações Exteriores, Catherine Colonna, disse que “qualquer projeto de paz deve cumprir a exigência de respeitar o direito internacional. Ou seja, o reconhecimento de que houve uma agressão militar contra um país soberano, a violação de fronteiras e da integridade de outro território por parte dos russos”.

    "Isso passa pelo respeito dos princípios da Carta (da ONU). Isso foi reafirmado há poucos dias, com o voto positivo do Brasil. Não um desacordo sobre essa base", disse a ministra em referência à resolução da ONU. "A paz justa e durável deve passar pelo respeito da Carta da ONU. Nesse quadro, toda iniciativa que se situe nesse quadro, são bem-vindas. O Brasil votou claramente conosco", completou. A posição da França é semelhante a adotada pelos Estados Unidos. 

    Essa não é a primeira vez que o critério é apresentado. Nos EUA, o governo de Joe Biden também deixou claro que qualquer grupo de mediadores teria de, primeiro, reconhecer que houve uma agressão por parte da Rússia e que só existe uma vítima: o povo ucraniano.

    “Se o posicionamento de Lula parece claro sobre isso, o grupo que estaria sendo pensado teria de cumprir tais requisitos para que possa ser credenciado como um interlocutor legítimo”, ressalta Chade no texto.

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