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França não vai aprovar Brasil na OCDE se não houver ações climáticas concretas

Nota do governo francês foi publicada um dia após o conselho da OCDE enviar convite para o Brasil

Emmanuel Macron e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

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247 - O Ministério das Relações Exteriores da França publicou uma nota, na quarta-feira, 26, dizendo que não vai aceitar a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) se não houver ações concretas na luta contra o desmatamento e mudanças climáticas.

Além do Brasil, a nota se dirige também a Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia, outros cinco países postulantes. A França é um dos 38 países que integram o grupo e que precisam dar consenso para confirmar o ingresso na entidade.

Recentemente, alfinetando o governo Jair Bolsonaro, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que a União Europeia não assinará tratados com quem desrespeitar o Acordo do Clima.
A nota do governo francês foi publicada um dia após o conselho da OCDE enviar convite para o Brasil.

Veja a nota na íntegra:

"O Conselho da OCDE decidiu hoje abrir as discussões de adesão com Argentina, Brasil, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia. A abertura das discussões é o primeiro passo de um rigoroso processo de adesão, cujo resultado dependerá das reformas empreendidas pelos países candidatos para convergir para os valores, normas e padrões da OCDE.

A pedido da França e de seus parceiros, o Secretário-Geral da OCDE enviou uma carta aos países candidatos buscando o compromisso deles em respeitar os valores e as prioridades estabelecidos na Declaração da Visão do 60º Aniversário da OCDE e conclusões políticas da reunião do Conselho de Ministros da OCDE, adotadas no ano passado.

A França estará extremamente atenta durante todo este processo para obter de todos os candidatos progressos sérios, concretos e mensuráveis na prática em diversas áreas prioritárias, particularmente na luta contra o desmatamento e a mudança climática, na proteção da biodiversidade, em medidas contra a corrupção ou na abertura das economias.

No final deste processo de revisão e convergência, o Conselho da OCDE terá que decidir, por unanimidade dos países membros, sobre a adesão de cada país candidato."

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