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    França reforça segurança de sinagogas após tentativa de atentado em cidade balneária do sul do país

    Um policial ficou ferido em decorrência da explosão de um botijão de gás que estava dentro de um carro que estava estacionado na cidade de La Grande-Motte

    (Foto: Reuters)

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    247 - Um policial municipal ficou ferido na manhã deste sábado (24) em decorrência da explosão de um botijão de gás que estava dentro de um carro, incendiado voluntariamente perto de uma sinagoga da cidade balneária de La Grande-Motte, no sul da França. Dois carros pegaram fogo no local. O presidente Emmanuel Macron disse que "tudo está sendo feito" para encontrar "o autor deste ato terrorista".

    Uma fonte próxima das investigações informou que as câmeras de segurança da cidade registraram imagens de um suspeito que passou pelo local com uma bandeira palestina. O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin, reforçou a segurança em locais de culto judaicos em todo o país. A Procuradoria Nacional Antiterrorista abriu uma investigação sobre o caso.

    A principal federação judaica do país (Crif) denunciou "uma tentativa de matar judeus". Em uma mensagem endereçada a todas as direções dos serviços de polícia, Darmanin pediu a “manutenção de vigilância absoluta” nos locais de culto e nas escolas frequentadas pela comunidade judaica. Ele também ordenou o envio de policiais para acompanhar os horários de entrada e saída dos fiéis nas sinagogas, assim como de alunos nas escolas, "se necessário".

    Desde o ano passado, a proteção policial das sinagogas francesas já havia aumentado, no contexto de tensão internacional gerado pela guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas na Faixa de Gaza e um histórico de ataques antissemitas no território francês. O Ministério do Interior registrou 1.676 atos antissemitas em 2023, “quatro vezes mais do que em 2022”.

    “É grave, chocante e vergonhoso ver que hoje, mais uma vez, a comunidade judaica é afetada” por esse tipo de incidente, declarou o prefeito de La Grande-Motte, Stéphan Rossignol, ao portal de notícias France Info. Ele disse que a cidade tem uma comunidade judaica “significativa” e acrescentou não ter dúvidas de que "tentaram atingir judeus".

    O prefeito declarou que, no momento da explosão, não havia policiamento reforçado no local, uma vez que "nenhuma ameaça particular havia sido identificada". Sábado é dia de celebração do Shabat judaico, quando os fiéis se reúnem para fazer orações, mas o incêndio gerado pela explosão do botijão de gás aconteceu antes do horário de culto, quando a sinagoga ainda estava vazia.

    Suspeito 'não conseguiu entrar' na sinagoga - O policial municipal ferido foi surpreendido pela explosão quando fazia uma patrulha de rotina nas proximidades. Ele foi transportado para o Hospital Universitário de Montpellier, “mas seu estado não causa preocupação”, de acordo com o prefeito de La Grande-Motte.

    As câmeras da cidade “estão sendo visualizadas”, afirmou Rossignol. Um suspeito de ter depositado o explosivo não conseguiu entrar na sinagoga, acrescentou o prefeito, "embora esse fosse claramente o seu objetivo", destacou. Apenas as portas da sinagoga foram afetadas pelas chamas.

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