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    Países africanos acusam Ucrânia de interferência terrorista e pedem medidas urgentes à ONU

    Pressão sobre a Ucrânia não vem apenas de governos, como também de organizações civis

    Líder da Junta do Níger, General Abdourahamane Tiani (Foto: REUTERS/ Mahamadou Hamidou)

    247 - As tensões diplomáticas entre países do Sahel e a Ucrânia atingiram novos patamares após uma carta conjunta dos Ministros das Relações Exteriores de Burkina Faso, Mali e Níger, enviada ao Conselho de Segurança da ONU, solicitar medidas contra Kiev. As três nações acusam a Ucrânia de apoiar e glorificar o terrorismo na região do Sahel. "Apelamos ao Conselho de Segurança para assumir suas responsabilidades em relação à escolha deliberada da Ucrânia de apoiar o terrorismo na África, especialmente na região do Sahel", afirmaram os ministros, conforme cita a agência Sputnik nesta terça-feira (20). 

    A crise diplomática se intensificou no início do mês, quando Mali e Níger cortaram laços diplomáticos com a Ucrânia devido ao alegado envolvimento de Kiev no apoio a grupos armados em Mali. Em uma declaração oficial, o governo do Níger anunciou a imediata ruptura das relações diplomáticas com a Ucrânia diante das alegações, e solicitou à ONU que tomasse medidas em resposta à agressão ucraniana. Autoridades do Níger também instaram a comunidade internacional a "resistir à decisão da Ucrânia de defender o terrorismo". O governo maliano já havia feito o mesmo, condenando o apoio militar e de inteligência que, segundo eles, Kiev tem prestado aos insurgentes.

    A pressão sobre a Ucrânia não vem apenas de governos. Em Senegal, nove organizações civis denunciaram o treinamento de militantes africanos por parte de Kiev e pediram que a comunidade internacional responsabilizasse a Ucrânia. A preocupação com a interferência ucraniana foi reforçada por um vídeo divulgado por autoridades de inteligência de Kiev, confirmando a participação no ataque contra o grupo militar privado russo Wagner no Mali. Moscou, por sua vez, tem reforçado seu apoio aos governos de Burkina Faso, Níger e Mali, com projetos econômicos e apoio militar, ampliando sua influência na região após a queda de governos pró-Ocidente. (Com informações da Sputnik). 

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