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    Franceses vão às urnas mais uma vez neste domingo para definir nova maioria parlamentar

    Ainda é grande o perigo de vitória da extrema direita

    (Foto: Reuters)

    RFI - Os franceses vão às urnas neste domingo (7) para o segundo turno das eleições legislativas com a possibilidade de a extrema direita entrar para o governo pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial. Diante de um país dividido, uma das principais incógnitas, que pode pesar no resultado final, é a taxa de participação. O voto não é obrigatório na França e o pleito acontece no primeiro fim de semana das férias de verão no hemisfério norte, o que pode ter um impacto nas urnas.

    Quase 50 milhões de franceses foram convocados às urnas para eleger os 577 deputados que compõem a Assembleia Nacional. Ao contrário do Brasil, onde o eleitor que está fora do seu domicílio eleitoral no dia do pleito pode recorrer ao voto em trânsito, na França quem está longe de casa na hora da eleição tem como opção redigir uma procuração para que outra pessoa vote em seu lugar. O documento é feito com antecedência e registrado em delegacias, prefeituras ou consulados.

    Diante da surpresa da dissolução da Assembleia Nacional após o resultado das eleições europeias, que deram vitória para a extrema direita na França, e a decisão do presidente Emmanuel Macron de organizar eleições legislativas antecipadas em menos de um mês, muitos eleitores que estão longe de casa devem recorrer à essa alternativa. Segundo número oficiais do Ministério do Interior, mais de 3 milhões de procurações foram registradas, o que representa 600 mil a mais que no primeiro turno.

    No domingo passado, mais de 66% dos eleitores votaram. Segundo pesquisas divulgadas esta semana pelo instituto Ipsos, 68% dos eleitores devem participar do pleito nesse segundo turno. Se a previsão se confirmar, essa seria a eleição legislativa com maior participação França em mais de trinta anos.

    O partido Reunião Nacional (RN), sucessor do Frente Nacional, de Jean-Marie Le Pen, e conhecido por suas posições racistas, venceu o primeiro turno, junto com seus aliados, com 31,37% dos votos. A legenda espera agora alcançar uma maioria absoluta. Seu programa se baseia em três frentes: controle da imigração, segurança e poder de compra. 

    O RN disputa esse segundo turno contra a "frente republicana" formada pela coalizão de esquerda Nova Frente Popular e a aliança de centro-direita Juntos, aliada ao presidente Emmanuel Macron.

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