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    G7 vai emprestar US$ 50 bilhões à Ucrânia sem confisco de ativos russos, afirma premiê da Itália

    Meloni esclareceu que o plano não envolve o confisco dos ativos russo, mas sim o uso dos juros gerados ao longo do tempo. Entenda

    Presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) mais tropas russas em solo ucraniano ao fundo (Foto: Reuters)

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    Sputnik Brasil - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, anunciou nesta quinta-feira (13), durante a cúpula do G7, na cidade italiana Borgo Egnazia, que os países participantes (Estados Unidos, Itália, Alemanha, Reino Unido, Japão, França e Canadá) concordaram em fornecer à Ucrânia US$ 50 bilhões (cerca de R$ 250 bilhões) em empréstimos até o final do ano.

    Meloni esclareceu que o plano não envolve o confisco dos ativos russo, mas sim o uso dos juros gerados ao longo do tempo. Segundo ela, a decisão reflete um equilíbrio entre apoiar financeiramente a Ucrânia e respeitar considerações legais e diplomáticas relacionadas aos ativos congelados.

    "Confirmo que chegamos a um acordo político para fornecer assistência financeira adicional à Ucrânia de cerca de US$ 50 mil milhões até ao final do ano através de um mecanismo de empréstimo que utilizará os lucros dos activos russos congelados nas nossas jurisdições para os reembolsar", disse Meloni. "Certamente não estamos falando do confisco desses bens, mas do dos lucros que eles geram ao longo do tempo."

    Ontem (12), a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que não tem nada a dizer sobre a legalidade da decisão de usar ativos russos congelados para financiar a Ucrânia.

    A União Europeia e o G7 bloquearam ativos russos no valor de 300 bilhões de euros (mais de R$ 1,7 trilhão) desde o início da operação militar da Rússia na Ucrânia.

    Cerca de 200 bilhões de euros (R$ 1,1 trilhão) de fundos russos estão congelados nas contas da Euroclear, um dos maiores sistemas de compensação e liquidação de títulos financeiros da Europa, com sede na Bélgica.

    O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu a medida como um "roubo" que afeta não apenas investidores individuais, mas também fundos soberanos. O ministro da pasta, Sergei Lavrov, alertou que a Rússia responderia simetricamente com o confisco de bens europeus congelados na Rússia.

    AGENDA MOVIMENTADA DE LULA NO EVENTO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está com agenda intensa no evento, segundo o Itamaraty, com reuniões bilaterais com o papa Francisco, três presidentes e um primeiro-ministro.

    Conforme a pasta, Lula terá agenda com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, além dos presidentes da França, Emmanuel Macron; da África do Sul, Cyril Ramaphosa, da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

    Esta é a oitava vez que Lula participa de uma cúpula do G7. No ano passado, o petista também esteve na reunião anual do grupo, em Hiroshima, no Japão. O Brasil deve focar temas como combate à fome, taxação dos super-ricos e setor trabalhista.

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