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    "Se Putin e Zelensky não conversam, é porque estão gostando da guerra", diz Lula

    Presidente brasileiro negou que esteja favorecendo qualquer um dos lados do conflito: "eu não faço defesa do Putin. O que eu não faço é ter lado, o meu lado é a paz"

    Zelensky, Putin e Lula (Foto: REUTERS/Gleb Garanich | Sputnik/Pavel Bednyakov/Pool via REUTERS | Valter Campanato/Agência Brasil)

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    247 - Após participar da 112ª Conferência Internacional do Trabalho, na Suíça, o presidente Lula (PT) fez declarações contundentes sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. Em um discurso marcado por sua postura firme em favor da paz, Lula criticou a falta de diálogo entre os líderes dos dois países em guerra, sugerindo que a recusa de Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky em negociar indica um interesse na continuidade do conflito.

    "Eu não faço defesa do Putin. O Brasil foi o primeiro país a criticar a Rússia pela invasão do país (Ucrânia). O que eu não faço é ter lado, o meu lado é a paz. Meu lado não é estar ao lado do Zelensky, contra o Putin, ou ao lado do Putin, contra o Zelensky", afirmou Lula, deixando claro que sua posição é de neutralidade ativa em prol de uma solução pacífica.

    O presidente brasileiro destacou a disposição do Brasil em participar de iniciativas de paz, desde que envolvam ambas as partes conflitantes. "Nós estaremos dispostos a participar de qualquer reunião que discuta a paz se tiver os dois conflitantes na mesa. Se tiver a Rússia e a Ucrânia. Porque, senão, não é discutir paz."

    Lula foi enfático ao criticar a falta de conversações diretas entre os líderes russos e ucranianos. "Eu acho que tem que ter um acordo. Agora, se o Zelensky diz que não tem conversa com o Putin e o Putin diz que não tem conversa com o Zelensky, ou seja, é porque eles estão gostando da guerra, porque senão eles já teriam sentado para conversar e tentar encontrar uma solução pacífica."

    As declarações de Lula ocorrem em um contexto de escalada do conflito, com a comunidade internacional dividida em suas abordagens e sanções, e onde esforços diplomáticos muitas vezes encontram barreiras. A posição brasileira, segundo Lula, busca mediar e incentivar o diálogo direto entre os envolvidos, visando um cessar-fogo e um acordo duradouro.

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