Garoto prodígio, família influente nos EUA e dor crônica nas costas: a história do suposto “assassino do CEO”
O jovem, conhecido por sua inteligência e promissor futuro na ciência da computação, é acusado de matar um CEO do setor de seguros
247 - Luigi Mangione, de 25 anos, passou de um jovem prodígio, herdeiro de uma família influente no setor imobiliário em Baltimore, a figura central de um caso de assassinato que abalou Nova York. A informação foi publicada pelo jornal O Globo. O jovem, conhecido por sua inteligência e promissor futuro na ciência da computação, é acusado de matar um CEO do setor de seguros em um crime descrito por ele como um “ataque simbólico” contra a corrupção na indústria de saúde.
Mangione, que parou de se comunicar repentinamente com amigos e familiares há cerca de seis meses, deixou para trás um rastro de comportamentos e mensagens que agora servem como peças-chave para os investigadores. Durante esse período de silêncio, seus conhecidos expressaram preocupação crescente. Um amigo chegou a publicar: “Você assumiu compromissos para o meu casamento e, se não puder cumpri-los, preciso saber para planejar adequadamente”.
Um ataque com mensagens codificadas
No momento de sua prisão, Mangione carregava um manifesto de três páginas em que justificava o crime como uma reação à “corrupção” e aos “jogos de poder” do setor de seguros. O documento, obtido pela polícia e descrito pelo The New York Times, indicava que ele “provavelmente se vê como uma espécie de herói”. Na cena do crime, cartuchos marcados com palavras como “atraso” e “negar” sugeriam que o ataque foi uma vingança por supostas rejeições de reivindicações por seguradoras.
O episódio ganhou repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões. Enquanto algumas pessoas criticaram a brutalidade do ato, outras viram Mangione como um símbolo de resistência contra as práticas abusivas das seguradoras.
Uma família de prestígio e o peso da expectativa
Luigi Mangione pertence a uma das famílias mais respeitadas do condado de Baltimore. Seus avós, Nick Mangione Sr. e Mary C. Mangione, foram pioneiros no desenvolvimento imobiliário e fundaram negócios como o clube de campo Turf Valley e a empresa de casas de repouso Lorien Health Services. Além disso, a família possui uma estação de rádio conservadora e propriedades de destaque na região.
Mangione cresceu em um ambiente de privilégio, frequentando a prestigiada Escola Gilman, onde se destacou como orador da turma de 2016. Durante o discurso de formatura, ele destacou o potencial de seus colegas em “trazer novas ideias e desafiar o mundo ao seu redor”. Um antigo amigo da escola, Aaron Cranston, relembra Luigi como “particularmente inteligente, talvez o mais inteligente da escola”, e afirma que ele já demonstrava ambição ao criar aplicativos de ciência da computação antes mesmo da faculdade.
O silêncio e a dor da família
Nos meses que antecederam o crime, Mangione sofria com uma lesão dolorosa nas costas, segundo amigos. Esse fato, combinado com seu desaparecimento repentino, levou parentes a buscar respostas, mas o desfecho revelou uma realidade que ninguém esperava. Para o advogado Thomas J. Maronick Jr., que conhece bem os Mangione, o caso é surpreendente. “É simplesmente uma família tão respeitada e proeminente no condado de Baltimore”, afirmou.
Com um passado promissor e uma família acostumada a ocupar os holofotes por suas realizações, o envolvimento de Luigi Mangione em um assassinato deixa um legado controverso, que desafia as expectativas criadas por sua criação privilegiada. Agora, investigadores se concentram em preencher as lacunas dos seis meses em que Mangione esteve desconectado de seu círculo social, em busca de entender o que o levou de herdeiro brilhante a acusado de um crime brutal.
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