Governo brasileiro vê novas tarifas de Trump como estratégia de negociação
Medida é interpretada como tática para obter concessões comerciais; autoridades brasileiras monitoram desdobramentos
247 - O governo brasileiro está acompanhando atentamente a recente declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. De acordo com informações da coluna de Letícia Casado no UOL, autoridades brasileiras consideram que essa iniciativa pode ser uma estratégia de Trump para obter vantagens em futuras negociações comerciais.
Durante seu primeiro mandato, Trump implementou tarifas semelhantes, mas posteriormente isentou países como Brasil, Canadá, México, União Europeia e Reino Unido. Atualmente, o governo brasileiro está avaliando os possíveis impactos dessa medida e considerando alternativas para mitigar eventuais prejuízos às exportações nacionais.
O Brasil é um dos principais fornecedores de aço para os Estados Unidos. Em 2024, foi o segundo maior exportador, atrás apenas do Canadá e do México, segundo dados do Departamento de Comércio americano. Em 2023, os EUA adquiriram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço.
Especialistas apontam que a imposição dessas tarifas pode ter efeitos adversos não apenas para os países exportadores, mas também para a economia americana. Estudos indicam que tarifas sobre produtos essenciais, como aço e alumínio, podem elevar os custos para os consumidores e impactar negativamente a produção industrial nos Estados Unidos.
O governo brasileiro, por sua vez, está se preparando para responder a possíveis tarifas impostas por Trump. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio está elaborando um mapeamento dos setores mais afetados pela guerra comercial e avaliando instrumentos que podem ser utilizados pelo país.
Enquanto isso, o governo mexicano também se manifestou sobre o assunto. Marcelo Ebrard, secretário de Economia do México, classificou a medida como injusta, destacando que o país importa mais aço e alumínio dos EUA do que exporta, resultando em um déficit de mais de US$ 6,8 bilhões em 2024. Ebrard afirmou que o governo mexicano apresentará seus argumentos às autoridades americanas na próxima semana, buscando reverter a decisão.
O cenário atual exige cautela e análise detalhada por parte do governo brasileiro, que busca proteger os interesses nacionais e minimizar possíveis impactos negativos decorrentes das políticas comerciais adotadas pelos Estados Unidos.
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