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      Grécia elege ex-presidente do parlamento como novo presidente

      Constantine Tassoulas recebeu o apoio de 160 legisladores na votação

      Bandeira da Grécia (Foto: REUTERS/Kostas Tsironis)
      Redação Brasil 247 avatar
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      (Reuters) – O parlamento da Grécia elegeu o ex-presidente da casa Constantine Tassoulas como o novo presidente do país nesta quarta-feira, aprovando o indicado pelo governo conservador para o cargo majoritariamente cerimonial.

      A decisão de nomeá-lo irritou manifestantes que se reuniram do lado de fora do parlamento no mês passado, exigindo justiça pelo grave acidente de trem de 2023, que deixou mortos. Eles afirmam que, durante o mandato de Tassoulas como presidente do parlamento, os legisladores não investigaram qualquer responsabilidade política pelo pior desastre ferroviário da Grécia.

      Dois anos depois, uma investigação judicial ainda está em andamento. O parlamento é o único órgão que pode investigar políticos sob a lei grega.

      Tassoulas, de 66 anos, advogado e pai de dois filhos, que é deputado desde 2000 e já foi ministro da Cultura e vice-ministro da Defesa, recebeu o apoio de 160 legisladores na votação desta quarta-feira no parlamento de 300 assentos.

      Ele sucederá Katerina Sakellaropoulou, a primeira mulher presidente da Grécia, cujo mandato de cinco anos termina em março.

      O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis disse no mês passado que escolheu Tassoulas por sua experiência política, ampla aceitação e seu "espírito unificador".

      Analistas políticos veem a nomeação de Tassoulas como uma forma de fortalecer o controle de Mitsotakis sobre o poder. Seu partido conservador Nova Democracia tem uma pequena maioria parlamentar, com 156 assentos, mas está sob pressão crescente, segundo pesquisas de opinião.

      Partidos de oposição de centro-esquerda e esquerda propuseram outros candidatos e não apoiaram a nomeação de Tassoulas nesta quarta-feira.

      Durante décadas, a falha do parlamento em eleger um presidente na Grécia poderia levar a uma eleição antecipada. Após uma reforma, em meio a uma crise financeira de uma década, o processo pode envolver até cinco rodadas de votação no parlamento, com o limite necessário diminuindo gradualmente para a maioria dos presentes no plenário.

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