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Grupo abre ações na UE contra uso de dados para treinamento de IA da rede social X

A plataforma concordou em não treinar seus sistemas de inteligência artificial por enquanto usando dados pessoais coletados de usuários da UE

Bandeiras da UE do lado de fora do prédio da Comissão Europeia em Bruxelas (Foto: REUTERS/Francois Lenoir)

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VIENA (Reuters) - O grupo de austríaco NOYB apresentou nesta segunda-feira uma queixa contra a plataforma X, acusando a empresa controlada pelo bilionário Elon Musk de treinar um sistema de inteligência artificial com ajuda dos dados pessoais dos usuários da rede social sem seu consentimento, violando a lei de privacidade da UE.

O grupo liderado pelo ativista defensor de direitos da privacidade Max Schrems anunciou que havia apresentado reclamações sobre o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) às autoridades de nove países da União Europeia para aumentar a pressão sobre a autoridade irlandesa de proteção de dados, a DPC.

A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, o principal órgão regulador da UE para a maioria das principais empresas de Internet dos EUA devido à localização de suas operações no país, solicitou uma ordem para suspender ou restringir a X de processar os dados dos usuários para fins de desenvolvimento, treinamento ou refinamento de seus sistemas de IA.

A X concordou em não treinar seus sistemas de IA por enquanto usando dados pessoais coletados de usuários da UE antes que eles tenham a opção de retirar consentimento, segundo audiência em um tribunal irlandês na semana passada.

No entanto, a NOYB disse que a reclamação da DPC se refere principalmente às medidas de mitigação e à falta de cooperação da X, e não questiona a legalidade do processamento de dados em si.

"Queremos garantir que o Twitter cumpra integralmente a legislação da UE, que - no mínimo - exige que se peça o consentimento dos usuários nesse caso", disse Schrems em um comunicado, referindo-se à X por seu nome anterior.

Na audiência da semana passada, um tribunal irlandês concluiu que a X só havia dado a seus usuários a oportunidade de se opor várias semanas após o início da coleta de dados.

Em junho, a Meta, controladora do Facebook, anunciou que não lançaria seu assistente de IA na Europa por enquanto, depois que o DPC irlandês lhe disse para adiar o plano.

O grupo NOYB havia apresentado reclamações em vários países contra o uso de dados pessoais para o treinamento de software de IA também nesse caso.

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