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União Europeia quer sancionar Israel após ministros defenderem crimes de guerra contra palestinos

Para chefe da diplomacia europeia, declarações recentes de ministros israelenses 'incitam crimes de guerra'

Chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell 15/4/2024 (Foto: REUTERS/Sarah Meyssonnier)

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Opera Mundi - O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, evocou neste domingo (11/08) a adoção de sanções contra Israel após falas de ministros do país em defesa de crimes de guerra contra civis na Palestina.

O ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, de ultradireita, pediu o corte do fornecimento de combustível e ajudas humanitárias para civis, enquanto o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também radical, afirmou que seria “justificável e moral” deixar que 2 milhões de palestinos morressem de fome para libertar os reféns mantidos pelo grupo palestino Hamas.

“Enquanto o mundo trabalha por um cessar-fogo em Gaza, o ministro Ben-Gvir pede cortes de combustível e ajuda aos civis. Assim como as sinistras declarações do ministro Smotrich, isso é uma incitação a crimes de guerra. Sanções devem estar na agenda da UE”, escreveu Borrell, alto representante do bloco para Política Externa, no X.

O representante europeu ainda exortou o governo israelense “a se distanciar de forma inequívoca dessas incitações e se envolver de boa fé nas negociações facilitadas por EUA, Catar e Egito para um cessar-fogo imediato”.

Os mediadores tentam intermediar as negociações para uma trégua em Gaza, mas as conversas se complicaram após o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em 31 de julho, em um ataque atribuído a Israel, e o bombardeio a uma escola na Faixa de Gaza que deixou mais de 90 mortos no último sábado (10/08).

Uma nova rodada de negociações está prevista para a próxima quinta-feira (15/08). O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na última sexta-feira (09/08), que confirmou o envio de uma delegação a Doha ou ao Cairo, capitais dos mediadores Catar e Egito, respectivamente, para participar das negociações que também devem alcançar um cessar-fogo e um acordo para a libertação de reféns detidos desde 7 de outubro.

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