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Hamas rejeita novas exigências de Israel e retira-se das negociações

As conversações sobre a trégua em Gaza no Cairo terminaram sem qualquer acordo, devido às novas condições que o governo sionista tenta impor

(Foto: Reuters)

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247 - O Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hamas) rejeitou as novas exigências que Israel tenta impor para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, razão pela qual se retirou no domingo (25) da rodada de negociações no Cairo, que terminou sem qualquer acordo.

Segundo o canal iraniano Hispan TV, um dos pontos de desacordo mais importantes nestas negociações é a condição do regime israeense de manter forças em Gaza após o fim da guerra, enquanto o Hamas afirma que esta exigência é contrária ao projeto de acordo apresentado em 2 de julho.

Neste sentido, dada a intenção do regime de Tel Aviv de permanecer no Corredor Filadélfia (que separa a Faixa de Gaza do Egito) e no Corredor Netzarim (que divide o território de Gaza ao meio), o Hamas reiterou que ambas as exigências são inaceitáveis. 

Israel concordou apenas em retirar-se alguns quilômetros desses corredores, mas não completamente, como medida para manter o controle militar sobre partes do território de Gaza e limitar o exercício da soberania por futuras autoridades de Gaza.

A este respeito, o Egito, como mediador nas conversações, considerou que a retirada total do regime sionista do Corredor Filadélfia é necessária, mas propôs que, para evitar atrasar o acordo, a retirada fosse feita em duas fases. O Cairo insistiu também na retirada total do regime de Israel da passagem de Rafah e sublinhou que só cooperará com o lado palestino nesta passagem, entre Gaza e o Egito.

 Depois de se reunir com mediadores do Egito e do Catar, um porta-voz do Hamas, Izzat al Rishk, disse à mídia internacional que a Resistência Palestina instou Netanyahu a seguir o projeto apresentado em 2 de julho pelos EUA e a resolução subsequente emitida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Da mesma forma, confirmou a vontade do Hamas de implementar o que foi acordado em linha com os mais elevados interesses do povo palestino e o fim do cerco sionista a Gaza, que já deixou mais de 40.400 palestinos assassinados, 70 por cento deles mulheres e crianças.

Em declarações a um meio de comunicação palestino, o membro do gabinete político do Hamas, Osama Hamdan, alertou que qualquer consideração emitida sobre a natureza iminente de um acordo é falsa, uma vez que o governo sionista não aderiu à proposta de suspensão das hostilidades apresentada no último dia 2 de julho.

Num comunicado, o Hamas sublinhou que “qualquer acordo deve incluir um cessar-fogo permanente, uma retirada completa da Faixa de Gaza, a liberdade dos residentes regressarem às suas áreas, ajuda e reconstrução, e um acordo de troca sério” entre os israelenses detidos em Gaza por palestinos prisioneiros em cárceres sionistas.

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