Hezbollah assume ataque com drones à residência de Netanyahu em Israel

247 - O movimento libanês Hezbollah assumiu total responsabilidade pelo ataque à residência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv, afirmou nesta terça-feira (22) o chefe do escritório de mídia do movimento, Mohammad Afif.

No último sábado (19), o Hezbollah lançou três drones, todos direcionados à residência em Cesareia. Mais cedo nesta terça-feira, autoridades israelenses admitiram que um drone do Hezbollah, lançado do Líbano, atingiu diretamente a residência de Netanyahu, quebrando uma janela de um quarto, informou a emissora estatal israelense Kan

"Assumimos total responsabilidade pelo ataque à residência do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu", disse Afif a repórteres. A declaração foi citada pela agência Sputnik. 

O movimento xiita não participará de negociações de paz enquanto Israel continuar seus ataques, afirmou Afif, acrescentando que o número de ataques lançados do Líbano contra Israel aumentará.

"A logística de suprimentos e gestão do movimento foi totalmente restabelecida. Estamos aumentando a densidade de fogo e o número de ataques. O Hezbollah se recusa a negociar com Israel enquanto os bombardeios continuarem", afirmou.

O porta-voz culpou os Estados Unidos pela escalada, argumentando que foram os principais cúmplices dos crimes de Israel. Afif acusou Washington de fornecer ao seu aliado munições de fósforo branco e munições de fragmentação, cujo uso é rigorosamente regulado ou até mesmo proibido.

Em 1º de outubro, Israel lançou uma operação terrestre contra o Hezbollah no sul do Líbano, enquanto continuava trocando ataques aéreos e de foguetes com o movimento. O número de mortos no Líbano devido aos ataques israelenses ultrapassou 2.000 desde o início da escalada. Apesar das perdas, o Hezbollah tem combatido as tropas israelenses em terra e lançado foguetes através da fronteira. Israel afirma que seu principal objetivo é criar condições para o retorno dos 60.000 residentes que fugiram dos bombardeios no norte de Israel. (Com informações da Sputnik).