Inteligência russa indica que EUA estão considerando substituir Zelensky pelo ex-ministro do Interior Avakov
Segundo os dados da entidade, as elites americanas não estão satisfeitas com o líder ucraniano
Sputnik - Os Estados Unidos estão considerando a candidatura do ex-ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov (2014-2021), para substituir Volodymyr Zelensky, informou o Serviço de Inteligência Externa Russo.
“Na situação atual, Washington está a estudar opções para substituir o líder ucraniano por ‘uma figura mais controlável e menos corrupta que se adapte à maioria dos aliados ocidentais’” e “neste momento o ex-ministro do Interior Arsen Avakov é considerado um candidato adequado”, afirma a declaração.
Também detalha que, na opinião dos Estados Unidos, os pontos fortes de Avákov incluem “os seus laços estreitos com as formações nacionalistas ucranianas” e os contatos que mantém com os líderes dos países europeus.
A administração norte-americana já pediu às ONG a ela ligadas que estudassem como levar Avakov ao poder. Paralelamente, debate a questão com os partidos da oposição ucraniana União de Todos os Ucranianos “Pátria” da ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko (2005, 2007-2010), Solidariedade Europeia do ex-presidente Petro Poroshenko (2014-2019) e ainda com vários deputados da o partido Servo do Povo, diz a inteligência russa.
A Casa Branca, sustenta o Serviço de Inteligência Externa (SVR), acredita que a substituição de Zelensky “permitirá ao Ocidente preparar-se melhor para o possível início de negociações com a Rússia para resolver o conflito”.
Segundo os dados da entidade, as elites americanas não estão satisfeitas com o líder ucraniano, que “está a tomar medidas malucas que ameaçam uma escalada muito além das fronteiras da Ucrânia”.
Tanto no Partido Republicano como no Partido Democrata há dúvidas crescentes de que bilhões de dólares concedidos em ajuda militar a Kiev serão gastos exclusivamente para esse fim, diz o comunicado.
O próprio Zelensky, acrescenta, “está principalmente preocupado em manter a sua posição no poder, que foi abalada após o término do seu mandato presidencial em 20 de maio”.
“No futuro, está previsto o lançamento de uma poderosa campanha de informação para desacreditar Zelensky e forçá-lo a deixar o cargo”, anuncia a nota.
Zelensky suspendeu as eleições que deveriam realizar-se em março passado, sob o pretexto da lei marcial, em vigor no país desde o início da operação militar especial da Rússia, em Fevereiro de 2022, e da mobilização geral da população.
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou que a Carta Magna da Ucrânia apenas contempla a extensão do mandato do Verkhovna Rada (Parlamento) e nada diz sobre a extensão das funções do presidente.
Putin acrescentou que, de acordo com o artigo 111.º da Constituição, nas atuais condições, o poder presidencial deve ser transferido para o presidente do Parlamento, uma vez que os poderes deste órgão legislativo são alargados sob a lei marcial. Por seu lado, o chefe do Parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk, recusou assumir novas responsabilidades, afirmando que Zelensky permanecerá no seu cargo até ao fim da lei marcial.
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