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    Rússia decreta emergência em Kursk e concentra tropas na região após invasão de soldados ucranianos

    Forças russas já repeliram quantidade significativa de militares ucranianos em meio a ofensiva inédita na guerra

    Uma vista mostra uma casa danificada após o que as autoridades locais chamaram de ataque militar ucraniano, durante o conflito Rússia-Ucrânia na cidade de Sudzha, na região de Kursk, Rússia, nesta imagem divulgada em 6 de agosto de 2024 (Foto: Alexei Smirnov via Telegram/Handout via REUTERS)

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    247 - O Ministério da Defesa da Rússia informou nesta sexta-feira (9) que estava reforçando as forças no distrito de Sudzha, região de Kursk, envolvidas em hostilidades ativas contra formações ucranianas. Mais cedo, a situação na região de Kursk foi reconhecida pelo Ministério de Emergências da Rússia como uma emergência em nível federal.

    A Defesa russa enviou tanques e outros equipamentos militares para a região dos combates, como sistemas múltiplos de lançadores de foguetes, canhões de artilharia e veículos pesados, informou a agência Sputnik. 

    A pasta também disse nesta sexta-feira que as Forças Armadas ucranianas perderam até 945 soldados e 102 veículos blindados durante operações militares na direção de Kursk.

    O ministério acrescentou que as Forças Armadas russas continuam a repelir as tentativas da Ucrânia de invadir a região, e que as operações de incursão estão sendo suprimidas.

    Os ataques foram defendidos pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que disse que a Rússia precisava “sentir” as consequências da guerra. Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de lançar uma provocação em grande escala, e disse que as tropas ucranianas bombardearam regiões russas indiscriminadamente, disparando contra infraestruturas civis e ambulâncias.

    Da sua parte, os Estados Unidos, que apoiam Kiev contra Moscou, não estão preocupados com a escalada da guerra na Ucrânia devido à operação na região de Kursk, disse a porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh, na quinta-feira.

    Singh reforçou que Washington não apoia ataques de longo alcance contra a Rússia, e as armas que Washington fornece à Ucrânia destinam-se ao fogo cruzado. 

    Na terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia informou que as forças ucranianas haviam lançado uma ofensiva para tomar território na região de Kursk. No dia seguinte, o chefe do Estado-Maior russo, Valery Gerasimov, afirmou que o avanço em território russo havia sido interrompido.

    No entanto, as forças ucranianas reivindicaram nesta sexta-feira um ataque a um aeródromo militar na Rússia, a mais de 300 km da fronteira entre os dois países.

    Como resultado do bombardeamento ucraniano na região de Kursk, um total de 66 pessoas ficaram feridas, incluindo nove crianças, segundo as autoridades russas. 

    Direção de Kursk: combates em Sudzha

    Situação às 18:00 do dia 9 de agosto de 2024 (hora local)

    Embora a luta ativa continue na área de fronteira da região de Kursk, a linha de frente se estabilizou um pouco, pois reforços das Forças Armadas Russas chegaram. Ao mesmo tempo, é prematuro falar sobre estabilização da situação.

    No distrito de Sudzha, pela primeira vez, apareceu online a prova da presença da AFU  (forças armadas da Ucrânia) na periferia oeste de Sudzha, em Zaoleshenka, sobre a qual relatamos há alguns dias. As tropas russas mantêm a metade oriental ao longo do Rio Psel.

    De acordo com relatos dos moradores do 2º Knyazhiy, a infantaria da AFU, sob a cobertura de veículos blindados, entrou na fazenda e parte da população conseguiu deixar o assentamento.

    Segundo alguns relatos, o inimigo tentou romper a fronteira do estado na área da vila de Kucherov, 22 quilômetros a sudeste de Sudzha.

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