Irã diz que EUA usam Conselho de Segurança da ONU para impor pressão máxima
O embaixador do Irã na ONU denuncia a tentativa dos EUA de transformar o Conselho de Segurança em uma ferramenta para intensificar a guerra econômica
247 - Amir Said Iravani, representante permanente do Irã na ONU, condenou as intenções dos Estados Unidos de transformar o órgão em um instrumento para intensificar a guerra econômica contra seu país em uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) na quarta-feira (12).
O alto diplomata iraniano declarou que o Irã vê a reunião do Conselho de Segurança da ONU como uma interferência injustificada na interação construtiva em andamento entre o Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e que a reunião serve apenas ao propósito de dar continuidade à política fracassada e ilegal dos EUA de pressão máxima contra a República Islâmica.
Iravani enfatizou que Teerã rejeita categoricamente as alegações infundadas feitas pelos Estados Unidos, Reino Unido e França em relação ao programa nuclear do Irã.
Ele também lembrou que os três países ocidentais que acusam o Irã "ignoraram convenientemente o fato de que eles próprios são responsáveis pela situação atual. Foram os Estados Unidos que se retiraram unilateralmente do Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA) em 2018, em violação direta da Resolução 2231 do Conselho de Segurança.
O ministro das Relações Exteriores iraniano pediu à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que evite a politização em sua cooperação com a República Islâmica.
O embaixador iraniano na ONU também denunciou o descumprimento das disposições do acordo pelo Reino Unido, França e Alemanha (as partes europeias do JCPOA), "que decidiram manter Washington feliz ao não implementar seus compromissos".
Washington declarou claramente em seus documentos oficiais que pretende transformar o Conselho de Segurança em uma ferramenta para intensificar a guerra econômica contra o Irã. “Este é um abuso perigoso desta instituição”, alertou Iravani.
Ele enfatizou que as atividades nucleares do Irã são inteiramente pacíficas. “Não violamos o JCPOA. Não violamos o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Não violamos nossas obrigações de salvaguardas. "Aqueles que afirmam o contrário estão distorcendo a realidade para promover suas narrativas políticas", afirmou.
O diplomata iraniano pediu a todos os membros do Conselho de Segurança da ONU que rejeitem as falsas acusações contra o Irã e não permitam que este órgão se torne um instrumento daqueles que violam flagrantemente suas resoluções, mas exigem que outros as respeitem.
Durante o primeiro mandato do presidente americano Donald Trump, os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear e aplicaram a chamada campanha de "pressão máxima" contra o Irã, que incluiu a reimposição de todas as sanções removidas pelo pacto, em um esforço para estrangular a economia iraniana e isolar o país, entre outras coisas.
Apesar de todas as tentativas políticas e da mídia ocidental de retratar o programa nuclear do Irã como uma "ameaça", Teerã deixou claro que suas atividades nucleares são inteiramente pacíficas e que armas nucleares não têm lugar na doutrina nuclear defensiva do país.
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