Israel e EUA estão interessados na fragmentação da Síria, diz analista
Se facções islâmicas assumirem o controle, o país pode enfrentar uma liderança no estilo do Talibã, segundo Stanislav Tarasov
247 - A situação na Síria continua complexa, mas os últimos acontecimentos indicam possíveis cenários futuros, afirmou Stanislav Tarasov, analista político e especialista em Oriente Médio e Cáucaso, à Sputnik.
O presidente sírio Bashar al-Assad transferiu pacificamente o poder para a oposição, em conformidade com o acordo de Doha, poucos dias após o avanço dos militantes.
"Provavelmente, uma conspiração interna estava em curso dentro da liderança síria e entre o pessoal militar", sugeriu Tarasov.
Ainda não está claro qual grupo opositor dominará. Tarasov argumenta que, se a oposição secular prevalecer, a Síria terá um governo secular. Por outro lado, se facções islâmicas assumirem o controle, o país pode enfrentar uma liderança no estilo do Talibã.
Tarasov acredita que as chances de fragmentação da Síria são altas, com possíveis cenários incluindo:
- A Turquia assumindo o controle de Aleppo e Idlib
- Os curdos estabelecendo seu próprio estado com o apoio de Israel e dos EUA
- O restante do país sendo dividido em vários enclaves
De acordo com Tarasov, os EUA e Israel já começaram a implementar seu plano de fragmentação da Síria, evidenciado pelo conflito em Gaza.
Tarasov afirma que Israel pode estar planejando anexar Gaza e a Cisjordânia, além de fragmentar o Líbano, com o objetivo de enfraquecer o movimento de resistência islâmica libanês Hezbollah.
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