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    Israel matou seus próprios cidadãos durante ataque do Hamas

    Novos documentos e testemunhos de soldados e oficiais do exército comprovam o emprego da "Diretiva Hannibal"

    Fotos em Tel Aviv de reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro (Foto: REUTERS/Hannah McKay)

    247 - O exército israelense utilizou amplamente a "Diretiva Hannibal", que permite atacar alvos próprios para evitar sequestros, durante o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, conforme relatado pelo Haaretz neste domingo (7). A Força Aérea israelense bombardeou pelo menos três bases e postos militares e disparou intensamente na área cercada que separa Gaza e Israel enquanto os combatentes palestinos retornavam a Gaza com israelenses capturados. Essa área deveria se tornar uma "zona de morte", segundo uma fonte do Comando Sul do exército israelense citado pelo jornal. 

    Uma ordem foi emitida horas após o ataque do Hamas, afirmando que "nenhum veículo pode retornar a Gaza", o que pode ter resultado na morte de civis ou soldados israelenses sequestrados. Essas ordens, parte do que é conhecido no exército israelense como a "Diretiva Hannibal", foram amplamente empregadas no dia, de acordo com o Haaretz. A diretiva permite que o exército israelense use qualquer meio necessário para evitar a captura de soldados israelenses, mesmo que isso envolva matá-los. O relatório do Haaretz foi baseado em documentos e testemunhos de soldados e oficiais do exército.

    Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque em grande escala com foguetes contra Israel e violou a fronteira, atacando bairros civis e bases militares. Quase 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 outras foram sequestradas durante o ataque. Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio completo de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Acredita-se que cerca de 120 reféns ainda estejam em poder do Hamas em Gaza e 43 reféns morreram em cativeiro. Mais de 38.000 pessoas foram mortas e mais de 87.400 ficaram feridas na Faixa de Gaza como resultado das operações militares de Israel, disseram as autoridades de Gaza.

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