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'Japão deveria adotar o Brasil como parceiro preferencial e estratégico', diz Lula ao primeiro-ministro japonês

Aos empresários japoneses presentes no encontro, o presidente 'vendeu' o Brasil: "temos estabilidade jurídica, fiscal, econômica e social e temos previsibilidade"

Fumio Kishida e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Lula (PT) se reuniu nesta sexta-feira (3), em Brasília, com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, e afirmou que o governo japonês deveria ter o Brasil como "parceiro preferencial e estratégico" daqui em diante. "O Brasil não quer que o Japão fique vendo o Brasil como um país menor, como se fosse um país pobre. O Japão tem que enxergar o Brasil do tamanho que ele é. O Brasil é um país grande, não apenas do ponto de vista territorial, não apenas do ponto de vista fronteiriço, não apenas do ponto de vista das suas florestas, das suas riquezas minerais. O Brasil é um país grande porque tem um povo extremamente trabalhador e generoso. Sem falta de respeito a nenhum país, eu acho que existe pouca gente no mundo com a alegria e com o despojamento do povo brasileiro. Por isso é importante o Japão adotar o Brasil como parceiro preferencial, como parceiro estratégico para a gente vender mais, comprar mais”.

Em recado aos empresários japoneses presentes na reunião, Lula 'vendeu' o Brasil como destino de investimentos. "Quero dizer aos empresários japoneses que estão aqui que esse país resolveu ser grande. O Brasil resolveu ser desenvolvido. O Brasil quer sair do grupo de países ‘em via de desenvolvimento’. Nós queremos nos transformar em um país altamente desenvolvido. Queremos estar entre as seis maiores economias do mundo. Nós temos estabilidade jurídica, fiscal, econômica, social, e a gente tem uma coisa sagrada, que é previsibilidade. Aqui a gente não faz nada na calada da noite. Agora, orgulhosamente, somos um país do Sul Global. Isso dá um status maior ao Brasil. Os países que antes eram ‘em desenvolvimento’ começaram a crescer, gostaram de crescer, o povo está gostando de ganhar mais, de trabalhar mais, está gostando de ter acesso aos bens materiais que ele produz".

"Os empresários japoneses haverão de saber que não podem perder um mercado como o brasileiro e a influência que o mercado brasileiro tem em outros mercados. Para nós, do Brasil, não adianta crescer sozinho. A gente não quer ser rico cercado de pobres. A gente quer que todo mundo cresça igual. A gente quer que os países se desenvolvam. A gente quer que todo mundo cresça e tenha estabilidade. E agora, que o mundo está atônito discutindo a questão do clima, que o mundo está se dando conta de que ou a gente cuida do planeta ou ele não cuida mais de nós, as pessoas estão percebendo que a discussão sobre aquecimento global é uma coisa mais séria do que uma coisa teórica, a América do Sul se apresenta como um lugar de ouro para investimento, para discussão da transição energética, para discussão da transição climática e para produzir a energia limpa que se queira produzir. Por isso, queria que os empresários japoneses que vieram ao Brasil, quando estiverem pensando em fazer algum investimento, olhem para o mapa do mundo e pensem: 'é no Brasil que eu vou fazer investimento, porque é lá que o japonês ficou, é lá que o japonês está morando'. E aí nós ficaremos agradecidos, vamos começar a investir no Japão, os nossos empresários vão crescer e tudo vai melhorar entre Japão e Brasil", finalizou.

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