JD Vance diz que a Ucrânia não existiria sem a generosidade dos EUA
'Não saia em uma turnê falando mal de Donald Trump. Isso é insultante, estúpido', afirmou o vice-presidente americano em recado a Volodymyr Zelensky
247 - O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou em uma entrevista que a Ucrânia não existiria sem o apoio dos EUA e sugeriu que o país europeu agradecesse a Washington em vez de insultar o presidente Donald Trump (Partido Republicano), da extrema-direita norte-americana.
“O país de [Volodymyr Zelensky] não existiria sem a generosidade dos [EUA]. Então, diga obrigado e, se discordar do presidente [Trump], pegue o telefone e ligue para ele ou para um de nossos grandes diplomatas. Não saia em uma turnê pela mídia na Europa falando mal do presidente dos Estados Unidos. Isso é insultante... E, aliás, é estúpido”, declarou Vance nesta quinta-feira.
Ele também recomendou que Zelensky tenha consultores melhores e compreenda que criticar Trump publicamente não é a melhor forma de fazê-lo mudar de opinião.
Na quarta-feira, Zelensky sugeriu que os comentários recentes de Trump indicam que o presidente americano pode estar sob influência de “desinformação russa”. Em resposta, Vance afirmou que a estratégia de Zelensky de “falar mal” de Trump só traria consequências negativas para a Ucrânia.
Horas depois, Trump criticou Zelensky por sua resistência em realizar eleições, chamou-o de “ditador” e sugeriu que o líder ucraniano deseja manter a “farra de dinheiro” em meio ao prolongado conflito com a Rússia.
A Rússia lançou a “Operação Militar Especial” na Ucrânia em fevereiro de 2022. As autoridades russas afirmam que a ofensiva tem como objetivo proteger a população russa submetida a genocídio pelo regime de Kiev. Moscou declara que é necessário remover forças militares e elementos neonazistas da Ucrânia para alcançar esses objetivos.
As autoridades da Ucrânia negam associações ao nazismo, afirmando que a política do país é completamente livre de fascistas. Kiev argumenta que a invasão russa é uma guerra de agressão e de expansão imperialista.
A Rússia anexou quatro regiões ucranianas parcialmente ocupadas em outubro de 2022. Em agosto de 2024, a Ucrânia invadiu o território russo e iniciou uma ocupação limitada. Diversos países, especialmente da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte), forneceram assistência militar e financeira para a Ucrânia e implementaram sanções contra o governo russo. Irã e Coreia do Norte auxiliaram em diferentes níveis as Forças Armadas da Rússia.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou, em conjunto com a China em maio de 2024, uma proposta para negociações com o objetivo de promover uma solução diplomática da crise ucraniana (com Sputnik).
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