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    Jornal israelense revela escândalo de vazamento de dados de segurança no gabinete de Netanyahu

    O caso gira em torno da nomeação de um porta-voz do premiê que, apesar de não ter autorização de segurança, participou de reuniões sobre assuntos sensíveis

    Benjamin Netanyahu (Foto: Reuters/Mike Segar)

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    247 - O jornal israelense Haaretz revelou na última sexta-feira (31) detalhes de um escândalo de segurança envolvendo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O caso gira em torno da nomeação de um porta-voz do premiê que, apesar de não ter autorização de segurança, participou de reuniões “sensíveis” sobre assuntos de segurança nacional.

    Segundo a publicação, o porta-voz – cujo nome não foi divulgado – teria tomado parte em sessões restritas e vazado documentos e informações confidenciais. Entre os vazamentos, alguns continham “mentiras” sobre Yahya Sinwar, ex-líder do Hamas, enquanto outros incluíam “material de segurança sério e sensível”.

    O escândalo se intensificou quando foi divulgado que o porta-voz continuou a ter acesso a transcrições e outras informações classificadas de reuniões do gabinete. A controvérsia levou o Canal 7 de Israel a informar que a censura militar impôs restrições à publicação de detalhes do caso. Netanyahu, no entanto, tem pressionado para que essas restrições sejam removidas, defendendo transparência sobre o incidente.

    Em paralelo, o Israel Hayom divulgou que o Ministério do Interior suspendeu sua cooperação com o Haaretz após comentários do editor Amos Schocken sobre a situação palestina, que foram considerados ofensivos por autoridades israelenses. Em uma coletiva de imprensa, Schocken pediu desculpas e afirmou: “Reconsiderei minhas palavras… Em relação ao Hamas, eles não são combatentes pela liberdade”. No entanto, ele criticou o governo Netanyahu, alegando que este “não se importa em impor um regime de apartheid cruel à população palestina”, e chamou a situação em Gaza de uma “segunda Nakba”, pedindo sanções contra Israel como forma de avançar nas negociações pela criação de um Estado palestino.Após a repercussão dos comentários, o Ministério da Cultura e Esportes de Israel anunciou a suspensão de publicidade e colaborações com o Haaretz.

    O caso ocorre em meio à ofensiva militar de Israel em Gaza, que resultou em mais de 43.300 mortes, incluindo mulheres e crianças, e cerca de 102.000 feridos, segundo autoridades locais de saúde. Israel também enfrenta uma acusação de genocídio na Corte Internacional de Justiça por suas ações em Gaza.

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