Josep Borrell: ministros das Relações Exteriores da União Europeia decidiram continuar apoiando a Ucrânia
Segundo o chefe de política externa da UE, o governo ucraniano receberá 'desde o apoio militar até o financeiro, passando pelas sanções (contra a Rússia)'
247 - O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse nesta segunda-feira (18) que os ministros das Relações Exteriores do bloco decidiram continuar fornecendo apoio militar e financeiro à Ucrânia.
"Hoje, após horas de discussões com meus colegas, ministros das Relações Exteriores dos Estados-membros, e amanhã com os ministros da Defesa, decidimos que nosso apoio à Ucrânia deve continuar. Desde o apoio militar até o financeiro, passando pelas sanções [contra a Rússia]", disse Borrell, acrescentando que é hora de a Europa "intensificar" suas ações e "assumir suas responsabilidades estratégicas" diante da Ucrânia.
A Rússia tem conduzido sua operação militar especial na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022. O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que o objetivo da operação é proteger pessoas submetidas ao que ele chamou de genocídio pelo regime de Kiev por anos. Em resposta, o Ocidente e seus aliados intensificaram as sanções contra a Rússia e começaram a fornecer armas para a Ucrânia.
No domingo, o The New York Times informou, citando representantes não identificados da administração dos EUA, que Biden autorizou pela primeira vez a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance de fabricação norte-americana para atacar território russo. Segundo as fontes, os primeiros ataques em profundidade ao território russo provavelmente serão realizados com mísseis ATACMS. O jornal Le Figaro afirmou que França e Reino Unido também autorizaram a Ucrânia a usar suas armas de longo alcance para atacar o território russo.
"Continuo acreditando que isso é o que deve ser feito [a Ucrânia usar armas para ataques de longo alcance em profundidade na Rússia], e tenho certeza de que discutiremos isso repetidamente... Tenho dito, repetidamente, que a Ucrânia deve poder usar as armas que fornecemos a eles", declarou Borrell antes da reunião ministerial em Bruxelas.
O Ministério [da Defesa russo] afirmou que, se a capital ucraniana for autorizada a atacar profundamente o território russo com mísseis de longo alcance, isso mudará radicalmente a essência do conflito na Ucrânia e representará o envolvimento direto dos Estados Unidos e de seus aliados nas hostilidades contra a Rússia (com Sputnik).
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