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    Rússia alerta para "mudança radical" no conflito se Ucrânia atacar com mísseis de longo alcance

    Moscou promete "resposta tangível" após Ucrânia receber aval dos EUA para utilizar mísseis americanos de longo alcance em ataques à Rússia

    Kremlin em Moscou, Rússia (Foto: Reuters)

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    247 - A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou nesta segunda-feira (15) que, se a Ucrânia for autorizada a realizar ataques em território russo com mísseis de longo alcance, isso mudará radicalmente a essência do conflito.

    "O uso de mísseis de longo alcance por Kiev para atacar nosso território significaria o envolvimento direto dos Estados Unidos e de seus satélites nas hostilidades contra a Rússia, além de uma mudança radical na natureza e no caráter do conflito. A resposta da Rússia, nesse caso, será apropriada e tangível", disse Zakharova em um comunicado, acrescentando que Moscou não sabe se as informações sobre a autorização da Ucrânia para atacar profundamente a Rússia são baseadas em fontes oficiais. O comunicado foi citado pela Sputnik.

    O Ocidente está tentando escalar a guerra híbrida ao máximo, em meio à derrota das forças armadas ucranianas no campo de batalha, disse a porta-voz, acrescentando que nenhuma "arma milagrosa" pode mudar o curso da operação militar especial.

    No domingo, o The New York Times informou, citando representantes anônimos da administração dos EUA, que Biden havia autorizado pela primeira vez a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance dos EUA para atacar o território russo. Segundo as fontes, os primeiros ataques profundos em território russo provavelmente serão realizados com mísseis ATACMS. O Pentágono se recusou a comentar o assunto à Sputnik.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que tal permissão, caso a decisão tenha sido tomada e comunicada à Ucrânia, significaria uma nova rodada de tensões.

    O presidente russo, Vladimir Putin, disse em setembro que os países da Otan não estavam apenas discutindo o possível uso de armas ocidentais de longo alcance por Kiev, mas, essencialmente, decidindo se iriam se envolver diretamente no conflito na Ucrânia. O envolvimento direto de países ocidentais no conflito mudará sua natureza, e a Rússia será forçada a tomar decisões com base nas ameaças enfrentadas, acrescentou Putin.

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