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    Tribunal britânico decide que Assange pode ser extraditado para os EUA

    A decisão contra o jornalista defensor do direito à livre informação vem no Dia dos Direitos Humanos; ainda cabe recurso

    Julian Assange (Foto: Reuters)

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    (ANSA) - A Alta Corte de Justiça de Londres reverteu nesta sexta-feira (10) uma decisão de primeiro grau que negava a extradição do jornalista e ativista australiano Julian Assange para os Estados Unidos.

    O tribunal acolheu um recurso do governo americano, que deseja levar o fundador do WikiLeaks a julgamento nos EUA pela publicação de documentos secretos.

    No início de janeiro, a juíza Vanessa Baraitser havia negado a extradição de Assange com o argumento de que ele estaria sob risco de suicídio no rígido sistema penitenciário dos Estados Unidos, mas a Alta Corte aceitou garantias do governo americano sobre o futuro tratamento ao australiano na cadeia.

    "O risco, no nosso julgamento, foi excluído pelas garantias oferecidas", disse o juiz e chefe de Justiça da Inglaterra e do País de Gales, lorde Ian Burnett. Uma das garantias apresentadas pelos EUA é de que o país vai permitir que Assange cumpra uma eventual pena na Austrália.

    O fundador do WikiLeaks, que segue preso em uma penitenciária de segurança máxima, embora não exista hoje nenhuma acusação contra ele no Reino Unido, ainda pode recorrer. "Vamos apelar contra essa decisão assim que for possível", disse a noiva do ativista, a advogada Stella Moris.

    Assange foi denunciado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos por "conspirar" com a ex-analista militar Chelsea Manning e por receber e publicar informações confidenciais.

    De acordo com os procuradores, Assange agiu ao lado de Manning para obter arquivos secretos, incluindo documentos diplomáticos e relatórios sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão.

    Se for condenado nos EUA, o australiano pode pegar até 175 anos de prisão. 

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