Lavrov faz apelo na ONU por eliminação das causas do conflito na Ucrânia
O chanceler russo insistiu na necessidade de garantir a segurança das partes envolvidas
Prensa Latina - O chanceler da Rússia, Sergey Lavrov, chamou na terça-feira (16) a atenção para as causas do conflito na Ucrânia ao insistir na necessidade de garantir a segurança das partes envolvidas.
O fim do confronto entre Moscou e Kiev deve ser acompanhado da eliminação da ameaça colocada pelo Ocidente à segurança da Rússia, disse o titular das Relações Exteriores durante um debate aberto do Conselho de Segurança convocado por sua delegação, que este mês preside esse órgão.
Lavrov insistiu que tanto seu país quanto o Ocidente precisam de garantias mútuas e acordos, em uma clara alusão à necessidade de negociar pela segurança de ambos.
Ao mesmo tempo, considerou necessário levar em conta as novas realidades geoestratégicas no continente euro-asiático, onde está se formando uma nova arquitetura continental de segurança verdadeiramente igual e indivisível.
Nesse contexto, acrescentou, a Europa corre o risco de ficar para trás em relação a este processo objetivamente histórico.
"Estamos prontos para buscar um equilíbrio de interesses", disse ele.
O equilíbrio de poder global e regional também deve ser restaurado, junto com a reparação das injustiças na economia mundial, acrescentou o alto diplomata.
O chanceler russo rejeitou o uso de medidas coercitivas em um mundo multipolar que, em sua opinião, não deveria ter nenhum monopólio na regulação financeira ou monetária, no comércio ou nas tecnologias.
Com relação à política norte-americana, o titular da diplomacia russa advertiu que Washington está convencido de que uma nova guerra global não afetará os Estados Unidos, mas sim seus aliados europeus.
"Se essa análise constitui a base da estratégia da administração de (Joe) Biden, é um erro muito perigoso, e os europeus deveriam perceber que lhes foi atribuído um papel suicida", acrescentou perante os membros do principal órgão para a paz do planeta.
Ao mesmo tempo, pediu mais atenção às minorias nacionais para resolver o conflito no território ucraniano.
"Instamos todos aqueles que mostram um interesse sincero na superação da crise na Ucrânia a considerarem em qualquer uma de suas propostas a questão fundamental dos direitos das minorias nacionais. Todos sem exceção", insistiu o alto representante.
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