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Líder de extrema direita da França diz apoiar Ucrânia, mas rejeita envio de mísseis de longo alcance

Ele também disse que manterá os compromissos da França com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) caso se torne primeiro-ministro

Líder do partido francês de extrema direita Reunião Nacional, Jordan Bardella, em visita a feira de defesa em Villepinte, perto de Paris (Foto: REUTERS/Stephanie Lecocq)

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PARIS (Reuters) - O líder de extrema direita francês Jordan Bardella disse nesta quarta-feira que apoia o direito da Ucrânia de se defender da invasão da Rússia, mas que, caso ele seja eleito primeiro-ministro, não fornecerá a Kiev mísseis que permitiriam atacar o território russo.

Ele também disse que manterá os compromissos da França com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) caso se torne primeiro-ministro.

O partido Reunião Nacional (RN), de Bardella, lidera as pesquisas de opinião antes da eleição parlamentar de 30 de junho e 7 de julho, o que tem levado a questionamentos sobre as implicações para a política externa francesa caso o grupo conquiste assentos suficientes para formar um governo.

"Desejo que a Ucrânia tenha à disposição a munição e os equipamentos necessários para manter a linha de frente, mas minha meu limite não mudará, que é o envio de equipamentos que possam ter consequências de escalada no leste da Europa", disse Bardella a repórteres na feira de armas Eurosatory, perto de Paris.

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"Portanto, não pretendo enviar, especialmente, mísseis de longo alcance ou outras armas que permitam à Ucrânia atacar o território russo. Minha posição não mudou e não mudará - trata-se de apoiar a Ucrânia e evitar todos os riscos de escalada na região. E acho que o risco de escalada é, obviamente, real."

Mesmo se o RN comandar o governo da França, Emmanuel Macron permanecerá como presidente e chefe do Exército francês.

Mas a Constituição francesa também fornece ao primeiro-ministro um papel em termos de defesa e a divisão de poder não é clara.

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Macron perderia o controle sobre a agenda doméstica, incluindo política econômica, segurança, imigração e finanças, o que, por sua vez, afetaria outras políticas, como a ajuda à Ucrânia, uma vez que ele precisaria do apoio do Parlamento para financiar qualquer ajuda como parte do orçamento anual da França.

Bardella também disse que manterá os compromissos da França com seus parceiros, incluindo o aumento dos gastos com defesa.

"Não pretendo questionar os compromissos assumidos pela França em nível internacional, porque há uma questão de credibilidade em relação aos nossos parceiros europeus e também em relação aos nossos aliados da Otan", disse ele.

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