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    Líder rebelde da Síria afirma que Israel “ultrapassou todos os limites” com ações militares

    Ahmad al-Sharaa disse que a prioridade do país é buscar estabilidade

    Ahmad al-Sharaa (Foto: Reuters)
    Otávio Rosso avatar
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    247 - O líder do grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Ahmad al-Sharaa, afirmou em entrevista à Syria TV que Israel está se envolvendo de maneira excessiva na Síria com suas ações militares no sul do país, informa O Globo. Segundo ele, esse movimento pode representar uma "ameaça de escalada injustificada" e desestabilizar ainda mais a região.

    “Os israelenses claramente ultrapassaram os limites de envolvimento na Síria, o que representa uma ameaça de escalada injustificada na região”, afirmou al-Sharaa. O líder do HTS destacou ainda que a Síria, após anos de guerra, não tem condições para enfrentar novos conflitos e que a prioridade deve ser a reconstrução e a busca por estabilidade no território. Ele enfatizou que soluções diplomáticas devem ser priorizadas para garantir segurança duradoura, longe de ações militares não calculadas.

    Na última terça-feira, Israel admitiu a realização de operações militares no sul da Síria além da "zona tampão" das Colinas de Golã, com o objetivo declarado de criar uma "zona de defesa estéril". Essa estratégia, conforme o Exército israelense, visa proteger cidadãos israelenses na região fronteiriça e estabilizar a situação no território após a queda do regime de Bashar al-Assad.

    O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, informou que Israel disparou 61 mísseis contra instalações militares sírias em menos de cinco horas na noite de sábado. Este movimento militar, intensificando a presença israelense no território sírio, levanta preocupações sobre o risco de novos confrontos e o futuro da estabilidade regional.

    O sul da Síria, região estratégica e vizinha das Colinas de Golã — território anexado por Israel em 1967 —, possui cerca de 1.200 quilômetros quadrados e é considerado uma área crucial devido a sua proximidade com o Líbano, Jordânia e outras regiões estratégicas. O aumento da presença militar na região pode ter impactos diretos nos interesses políticos e econômicos de todos os envolvidos.

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