Líder terrorista sírio se recusa a apertar mão de ministra alemã e é criticado pela França

247 - O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, afirmou neste domingo (5) que teria preferido que o líder de fato sírio, Ahmed al-Sharaa, chefe do grupo terrorista HTS, tivesse apertado a mão da ministra alemã Annalena Baerbock durante a visita dos representantes europeus à Síria. 

“Eu teria preferido que Ahmed al-Sharaa apertasse a mão da minha colega alemã? A resposta é sim. Esse era o propósito da viagem? A resposta é não”, disse Barrot à RTL.

Na sexta-feira (3), Barrot e Baerbock visitaram Damasco, capital da Síria, tornando-se os primeiros representantes de destaque da política ocidental a se reunirem com as novas autoridades sírias após a queda do presidente Bashar al-Assad. Entretanto, o encontro com Ahmed al-Sharaa foi marcado por uma controvérsia: o novo líder sírio apertou a mão de Barrot ao recebê-lo, mas evitou o mesmo gesto com Baerbock. Além disso, a ministra acabou censurada nas fotos da edição da imprensa síria, segundo informou o Bild mais cedo. 

Durante a visita, Baerbock buscou aplicar sua abordagem de "diplomacia feminista", embora sem resultados imediatos. Em suas declarações, ela enfatizou que todos os grupos sírios, incluindo mulheres e curdos, precisam ser incluídos no processo de transição política para que Damasco possa contar com o apoio europeu. 

Da mesma forma, Barrot disse que a França trabalharia para restabelecer a representação diplomática no país de acordo com as condições políticas e de segurança. (Com informações da AFP).