XV Cúpula do BRICS é realizada com sucesso

247 - Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul), Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia), e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, fizeram uma declaração conjunta, para anunciar a definição de critérios para a futura entrada de novas nações no bloco. Foi anunciado que os bancos centrais e ministérios da Fazenda e Economia de cada país ficarão responsáveis por realizar estudos em busca da adoção de uma moeda de referência do BRICS para o comércio internacional. "Essa medida poderá aumentar nossas opções de pagamento e reduzir nossas vulnerabilidades", afirmou o presidente Lula.

Outro acordo foi para que o grupo siga em busca de uma reforma da governança global, especialmente em relação ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). "Seguiremos defendendo temas com impacto direto na qualidade de vida de nossas populações, como o combate à fome, à pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável. Que o BRICS continue sendo força motriz de uma ordem mundial mais justa e ator indispensável na promoção da paz, do multilateralismo e na defesa do direito internacional".

Os governantes fizeram a Declaração de Joanesburgo, capital sul-africana, para anunciar a entrada de seis novos países. O presidente Lula afirmou que o Brics "nos oferece uma fonte de soluções criativas para os desafios que enfrentamos". "A relevância do BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram de adesão ao agrupamento. Entre os vários resultados da cúpula de hoje, ressalto a ampliação do BRICS, com a inclusão de novos membros", disse.

Vai ser a primeira expansão desde 2011, quando os sul-africanos entraram no bloco. Com as nações que farão parte do grupo, o Brics terá cerca de 46% da população mundial e quase 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global em paridade de compra. 

A 15ª Cúpula de chefes de Estado do BRICS se encerra nesta quinta-feira, após duas sessões ampliadas com participação dos países-membros e mais nações convidadas. Após o fim da conferência, o presidente Lula viaja para Angola, onde fará uma visita de Estado, e depois para São Tomé e Príncipe, para participar da conferência de chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O presidente russo, Vladimir Putin, não viajou porque existe um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra ele, após ser acusado em março de crimes de guerra na Ucrânia. O governante foi acusado de ter removido crianças ucranianas do país delas.