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    Lula defende criação do G20 da paz, com Brasil e outros países no Conselho de Segurança

    "A geografia do mundo mudou, a geopolítica mudou, a economia mudou. Então precisamos construir um novo mecanismo internacional que possa fazer coisas diferentes", disse Lula

    Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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    247 -  O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quarta-feira (26), na Espanha, mudanças no Conselho de Segurança da ONU, com a participação de países que hoje não integram o órgão. “Está na hora da gente criar o G20 da paz”, disse Lula. Ele também voltou a se posicionar sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e disse que "ninguém pode ter dúvidas" da posição do Brasil sobre o conflito.  

    “Vivemos um mundo muito esquisito, vivemos um mundo em que o Conselho de Segurança da ONU, os membros permanentes, todos são os maiores produtores e vendedores de armas do mundo e são os maiores participantes de guerras do mundo. Fico me perguntando se não cabe a nós, outros países, que não somos membros permanentes do Conselho de Segurança, fazer uma mudança na ONU, colocar mais países”, destacou. 

    “Por que que a Espanha não está, por que o Brasil não está, por que o Japão não está, por que a Alemanha não está, por que a Índia não está, por que a Nigéria não está, por que o Egito não está, por que a África do Sul não está? Quem é que determina? Os vencedores da 2ª Guerra mundial. Mas isso já faz muitos anos. A geografia do mundo mudou, a geopolítica mudou, a economia mudou. Então precisamos construir um novo mecanismo internacional que possa fazer coisas diferentes. A ONU era tão forte que em 48 [1948, após a Segunda Guerra Mundial] conseguiu criar o Estado de Israel. Em 2023 não consegue criar o Estado paleslino. Só para a gente comparar o que aconteceu nesses anos todos”, ressaltou Lula. 

    Para Lula, “está na hora da gente começar a mudar as coisas. Está na hora da gente criar o G20 da paz, que deveria ser a ONU. Em 2018, quando aconteceu a queda do Lehman Brothers, imediatamente se criou o G20. Em seu discurso, o mandatário brasileiro também disse estar incomodado com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e afirmou que “ninguém pode ter dúvidas” quanto ao posicionamento do Brasil sobre o conflito. 

    “Sou incomodado com a guerra que está acontecendo entre Rússia e Ucrânia. Ninguém pode ter dúvidas de que nós, brasileiros, condenamos a violação territorial que a Rússia fez contra a Ucrânia. O erro aconteceu e a guerra começou. Agora, não adianta ficar dizendo quem está certo e quem está errado. Agora, o que precisa fazer é a guerra parar porque você só vai discutir um acerto de contas quando pararem de dar tiros. É assim nesta guerra e foi assim em todas as outras guerras”, afirmou. 

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