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Macron diz que 'Netanyahu não deve esquecer que Israel foi criado por decreto da ONU'

A tensão nas relações entre Paris e Tel Aviv se intensificaram após Macron defender a interrupção das exportações de armas para Israel

Emmanuel Macron | Benjamin Netanyahu (Foto: REUTERS/Sarah Meyssonnier/Pool | REUTERS/Amir Cohen)

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Sputnik - O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça-feira (15) que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "não deve esquecer que seu país foi criado por uma decisão da Organização das Nações Unidas [ONU]".

A fala ocorreu após Macron convocar o embaixador de Israel em Paris ao Ministério das Relações Exteriores para uma reunião fechada de ministros.

"O senhor Netanyahu não deve esquecer que seu país foi criado por uma resolução da ONU e, por isso, não deve violar os decretos da entidade", disse Macron ao se referir à votação da Assembleia Geral da ONU de 1947 que apoiou a divisão da Palestina em dois Estados: um árabe e outro judeu independentes.

A tensão nas relações entre Paris e Tel Aviv se intensificaram após Macron defender a interrupção das exportações de armas para Israel, usadas na guerra promovida há mais de um ano na Faixa de Gaza, conflito que já resultou em mais de 42 mil mortes até o momento. Para o presidente francês, a medida é prioritária e deve ajudar a resolver a situação na região, o que levou a críticas severas de Netanyahu.

Mais tarde, Macron chamou de "totalmente inaceitável" o ataque de Israel às posições das Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas no Líbano, acrescentando que a França "não tolerará" novos bombardeios. O presidente lembrou que há 700 soldados franceses entre as tropas.

Após o ataque, o embaixador de Israel em Paris, Joshua Zarka, foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da França para prestar esclarecimentos. Mais tarde, o diplomata afirmou que a França e outros países cujos militares participam da missão da ONU no Líbano devem exigir a retirada dos capacetes azuis da fronteira.

Já nesta terça, o chanceler francês, Jean-Noël Barrot, declarou que os pacificadores "devem permanecer no local para cumprir seu papel durante o cessar-fogo".

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