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Marine Le Pen defende negociações de paz envolvendo Rússia e Ucrânia

Segundo a líder da extrema-direita francesa, Kiev não tem a capacidade de vencer a guerra em curso contra a Rússia

Marine Le Pen (Foto: Reuters/Sarah Meyssonnier)

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247 - Marine Le Pen, líder da facção parlamentar do partido de extrema-direita francês Reunião Nacional, afirmou que é necessário negociar com a Rússia para resolver o conflito na Ucrânia, que Kiev "claramente não pode vencer".

"Você realmente acredita que podemos negociar a paz sem falar com uma das partes em conflito? Aqueles que acreditam nisso estão mais fazendo pose do que agindo. Obviamente, vamos ter que falar com a Rússia para tentar encontrar uma solução positiva para este conflito para a Ucrânia, que claramente não pode vencer," disse Le Pen em uma entrevista ao jornal espanhol Periodico, publicada nesta segunda-feira (17). 

A Reunião Nacional apoia iniciativas para fornecer apoio militar ou civil a Kiev, disse ela, acrescentando que a Europa precisava considerar cuidadosamente a política de sanções contra a Rússia para que as restrições não se voltassem contra a própria Europa.

Além disso, a Europa deve evitar se tornar uma parte cobeligerante, pois "conhece bem demais a mecânica da guerra para não repetir os terríveis erros do passado," disse a política.

"Não queremos mais ser arrastados para esses horrores, que, se ocorressem, significariam o fim definitivo da Europa," acrescentou Le Pen.

A Suíça sediou uma conferência de alto nível sobre a Ucrânia no resort Buergenstock, nos arredores de Lucerna, de 15 a 16 de junho. A Rússia não recebeu um convite, mas mesmo que tivesse recebido, não teria participado da conferência, disse Vladimir Khokhlov, porta-voz da embaixada russa em Berna, à agência Sputnik em abril.

A Reunião Nacional de Le Pen emergiu vitoriosa nas eleições para o Parlamento Europeu na França, terminando mais de 15 pontos percentuais à frente da coalizão centrista do presidente francês Emmanuel Macron. O partido participará das eleições extraordinárias em dois turnos na câmara baixa do parlamento francês, marcadas para 30 de junho e 7 de julho. (Com informações da Sputnik). 

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