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    Mauro Vieira condena atos terroristas do Hamas e pede fim dos assentamentos israelenses em territórios palestinos ocupados

    Chanceler brasileiro participou de reunião do Conselho de Segurança da ONU

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, participam de reunião sobre o conflito entre Israel e palestinos na sede da ONU em Nova York 24/10/2023 (Foto: REUTERS)

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    247 - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, condenou nesta terça-feira (24) veementemente os "atos terroristas" perpetrados pelo grupo palestino Hamas em Israel no último dia 7 deste mês, que resultaram em mais de mil mortes, e lamentou a perda de três cidadãos brasileiros nesses ataques.

    "Os atos de terrorismo realizados contra civis em Israel resultaram em mais de mil vítimas e no sequestro de centenas de pessoas inocentes, incluindo crianças e idosos. Três cidadãos brasileiros foram confirmados mortos, vítimas dos ataques do Hamas. Enquanto lamentamos profundamente a sua partida, não podemos tolerar atos de terrorismo. A violência apenas gera mais violência", afirmou Vieira durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a questão palestina. O órgão é presidido pelo Brasil no mês de outubro.

    Além de expressar o repúdio do Brasil a qualquer forma de terrorismo, Vieira também pediu o fim dos assentamentos israelenses em território palestino ocupado. “Israel deve parar todas as atividades de assentamento nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental”, declarou o ministro, ressaltando que tais ações violam o direito internacional.

    "A atual e projetada expansão praticamente apaga a viabilidade de um futuro estado palestino e gera violência e ódio", frisou Vieira.

    O chanceler brasileiro também manifestou preocupação com o estado alarmante da infraestrutura em Gaza após os ataques aéreos israelenses. Reportou que a demolição resultou na destruição de 42% das habitações civis e denunciou o bloqueio imposto por Israel, que afetou gravemente o fornecimento de serviços básicos à população, incluindo água e eletricidade.

    O ministro ressaltou o compromisso do Brasil com o cumprimento do Direito Humanitário Internacional e pediu que todas as partes envolvidas no conflito respeitem os princípios fundamentais de distinção, proporcionalidade, humanidade, necessidade e precaução em todas as suas operações militares para proteger a população civil.

    Vieira ainda lembrou que 2023 marca os 75 anos desde o início do conflito Israel-Palestina e lamentou a falta de progresso nas negociações de paz. Ele concluiu seu discurso fazendo um apelo pela paz e pela concretização da solução de dois Estados.

    "Não devemos perder de vista as causas raiz deste conflito: opressão, desigualdades sociais e econômicas, violações recorrentes dos direitos humanos", finalizou.

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