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Mélenchon alerta: EUA querem guerra contra a China

O verdadeiro motivo, afirma, é que a China está se tornando a principal potência mundial, o que gradualmente diminuirá o uso do dólar para o comércio de bens

(Foto: REUTERS/Sarah Meyssonnier)

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247 – Jean-Luc Mélenchon, líder da esquerda francesa, fez um discurso contundente sobre como os Estados Unidos "querem guerra" com a China. Segundo Mélenchon, o centro do mundo, neste momento em que a pior das guerras está sendo preparada, não está em solo europeu, mas sim entre as costas das Américas e da Ásia. Este ponto foi reiterado em uma conferência internacional em Singapura, onde os americanos enfatizaram que, independentemente do que ocorra na Europa ou no Oriente Médio, sua prioridade está na zona Ásia-Pacífico, que eles chamam de Indo-Pacífico para identificar melhor o inimigo, a China.

Mélenchon afirma que os EUA querem guerra porque 50% da riqueza mundial é produzida na região, que também abriga mais de 50% da população mundial. Para ele, a competição entre os EUA e a China não é ideológica. Ele aponta que os próprios americanos iniciaram os primeiros acordos com a China para terceirizar fábricas. Portanto, segundo Mélenchon, a alegação de uma luta pela liberdade é sem sentido. O verdadeiro motivo, afirma, é que a China está se tornando a principal potência mundial, o que gradualmente diminuirá o uso do dólar para o comércio de bens.

Mélenchon argumenta que o "império" americano é atingido em seu núcleo, que é sua moeda, que pode ser impressa sem restrições para facilitar trocas comerciais e compra de matérias-primas. No entanto, se as nações começarem a negociar em suas próprias moedas, o império colapsará. Ele acusa os EUA de engajarem em uma competição distorcida e apoiada por armas, e critica os europeus por apoiarem cegamente esse programa, que, segundo ele, também envolve prejudicar a Europa.

O líder francês alerta que a maior ameaça de guerra reside nessa competição, que poderia se transformar em uma guerra total, com armas de alcance e significado diferente das encontradas em outros lugares, incluindo armas atômicas na Europa. Mélenchon destaca que a França está diretamente envolvida devido à sua presença em regiões como Polinésia, Nova Caledônia e Reunião no Oceano Índico.

Concluindo, Mélenchon declara que a França deve se opor a uma guerra com a China por todos os meios diplomáticos possíveis para evitar que isso aconteça. Assista:

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