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    Mercenários estão chegando à Ucrânia disfarçados de instrutores estrangeiros, diz líder de Lugansk

    Além do envio e mercenários, tramita nos EUA um projeto de sanções contra a Rússia que propõe declarar as forças independentistas em Donbass como terroristas

    (Foto: Sputnik)
    José Reinaldo avatar
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    Sputnik - A Ucrânia está acumulando armamentos pesados e equipamentos militares em Donbass, tentando escondê-los da missão especial de monitoramento da OSCE (Organização de Segurança e Cooperação Europeia), disse Leonid Pasechnik, líder da autoproclamada República Popular de Lugansk (RPL) em entrevista à Sputnik.

    As autoridades da república têm repetidamente afirmado que os militares ucranianos usam meios de guerra eletrônica para impedir o trabalho dos drones da missão especial de monitoramento da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na linha de contato a fim de ocultar a implantação de armas proibidas pelos acordos de Minsk.

    "Nossos serviços e os observadores internacionais veem que há movimentação ativa do lado ucraniano. Para lá estão sendo transportadas munições, combustíveis e lubrificantes, estão sendo movimentadas e preparadas armas pesadas e equipamentos", declarou Pasechnik.

    O líder de Lugansk salientou que a missão de monitoramento relata diariamente que seus drones em Donbass sofrem interferências, o que impede seu funcionamento.

    "Do outro lado [controlado por Kiev] funcionam ativamente meios de guerra eletrônica. Tudo isso demonstra claramente que a Ucrânia está tentando esconder a deslocação de suas tropas e equipamentos dos observadores, privando-os da possibilidade de monitorar a situação a partir do ar", explicou Pasechnik.

    "Não é nenhum segredo, são dados oficiais, que centenas de instrutores estrangeiros de países da OTAN estão presentes de forma rotativa no território da Ucrânia [...] Além disso, verdadeiros mercenários estão chegando à Ucrânia, disfarçados de instrutores", disse o chefe da república autoproclamada, Leonid Pasechnik.

    Anteriormente as autoridades de Lugansk declararam que na região de Donbass há mercenários estrangeiros, incluindo da empresa militar privada Academi, conhecida no passado como Blackwater.

    Ele ressaltou também que as armas fornecidas pelo Ocidente a Kiev "em um dia ou dois" estarão em Donbass.

    "Vocês veem que os países ocidentais estão enviando para Kiev todos os dias dezenas de toneladas de armas modernas. Para o resto do mundo, isso é apresentado como assistência para Kiev se defender da 'agressão russa', mas na verdade se trata do envolvimento dos EUA, do Reino Unido e seus aliados no conflito entre Kiev e Donbass. Em um ou dois dias as armas aparecem na zona de conflito e podem ser usadas na nossa guerra civil por Kiev contra o povo de Donbass", sublinhou Pasechnik.

    Recentemente, congressistas dos EUA elaboraram um projeto de sanções contra a Rússia que propõe declarar as forças independentistas em Donbass como terroristas.

    Em resposta, o líder da RPL disse que os congressistas dos EUA, ao tentarem esmagar as repúblicas de Donbass, vão "certamente quebrar os dentes".

    "Contra as repúblicas já foram impostas muitas sanções imagináveis e inimagináveis, apenas porque existimos e temos a coragem de defender nossos direitos e convicções. Há 60 anos que os EUA tentam por meio de diversas sanções esmagar Cuba, mas não conseguem fazer nada. E eles vão de certeza quebrar os dentes contra nós", afirmou o líder da RPL.

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