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    Ministro das Finanças de Israel diz que eleição de Trump favorece ofensiva contra o Irã

    Embora Trump tenha adotado uma postura pró-Israel durante seu primeiro mandato, ele já indicou que não pretende buscar a derrubada do governo iraniano

    Netanyahu e Trump (Foto: Leonardo Attuch)

    247 -  Em uma entrevista à Bloomberg, o ministro das Finanças de Israel e membro do gabinete de segurança, Bezalel Smotrich, afirmou que a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos no próximo mês oferece a Israel uma oportunidade para avançar em metas estratégicas ambiciosas. Entre elas estão a derrubada do governo do Irã, a oposição à criação de um Estado Palestino e a interrupção da reconstrução de vilarejos no sul do Líbano.

    “Precisamos lidar com a cabeça do polvo e eliminar o regime iraniano”, declarou Smotrich. “Devemos nos unir à nova administração Trump nisso. O mundo ocidental não pode se dar ao luxo de tolerar um regime ditatorial que busca armas nucleares e ameaça destruí-lo.”

    Embora Trump tenha adotado uma postura pró-Israel durante seu primeiro mandato, sua equipe já indicou que ele não pretende buscar a derrubada do governo iraniano ou envolver-se em uma nova guerra no Oriente Médio. A posição de Smotrich, no entanto, sugere uma expectativa de alinhamento mais próximo entre os dois países.

    Smotrich também rejeitou qualquer possibilidade de criação de um Estado Palestino, mesmo como parte de um acordo de normalização com a Arábia Saudita. “Se isso for um obstáculo, o acordo fracassará”, declarou.

    Essa posição vai ao encontro da linha dura do governo israelense desde os ataques do Hamas em outubro de 2023, quando mais de 1.200 israelenses foram mortos e 250 sequestrados. Desde então, Israel tem realizado intensas operações militares em Gaza, que, segundo autoridades palestinas, já resultaram em mais de 44 mil mortes.

    Genocídio em Gaza - Smotrich afirmou que Israel continuará presente em Gaza "por muitos anos", mesmo após a destruição do Hamas. Ele também defendeu a manutenção da proibição de reconstrução de vilarejos destruídos no sul do Líbano, alegando que muitas estruturas eram usadas para esconder túneis e armamentos do Hezbollah.

    “O acordo diz que o Hezbollah não pode reconstruir sua infraestrutura militar e essa é a razão pela qual destruímos aquelas casas”, disse ele. “Qualquer estrutura usada para ocultar túneis ou mísseis é considerada infraestrutura militar.”

    Economia israelense - Apesar das tensões geopolíticas e da guerra prolongada, Smotrich demonstrou otimismo em relação à economia de Israel, destacando o crescimento inesperado do mercado financeiro. A moeda nacional, o shekel, valorizou-se 8% em relação ao dólar desde o início do conflito, e o financiamento para startups de alta tecnologia alcançou US$ 9 bilhões no último ano.

    “O mercado está se saindo muito melhor do que se esperava”, argumentou Smotrich, rebatendo previsões mais pessimistas do Fundo Monetário Internacional e de agências de classificação de risco.

    Ele também anunciou o orçamento de 2025, totalizando 619 bilhões de shekels, com um aumento de 70% nos gastos com defesa. Ajustes fiscais significativos serão necessários para financiar o pacote, incluindo aumento de impostos e cortes em despesas civis.

    Apesar das críticas de economistas e de membros do Banco Central de Israel, Smotrich assegurou que o governo está no controle: “É importante que nossos parceiros e investidores, dentro e fora de Israel, saibam que nossas mãos estão firmes no volante.”

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