Ministro iraniano denuncia "conspiração" entre EUA e Israel no Oriente Médio
De acordo com o chanceler Abbas Araqchi, autoridades israelenses e americanas querem diminuir a influência de muçulmanos em nível global
247 - O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, alertou neste domingo (22) para uma conspiração tramada pelos Estados Unidos e Israel com o objetivo de diminuir a influência de nações muçulmanas e tomar o controle do Oriente Médio. Ele advertiu sobre uma "conspiração conjunta" entre EUA e Israel "para destruir e enfraquecer os países islâmicos e dominar a região". Segundo a agência de notícias iraniana Tasnim, durante uma conversa telefônica com seu homólogo iemenita, Jamal Ahmed Amer, Araqchi discutiu as relações entre os governos do Iêmen e do Irã, além de analisar os recentes acontecimentos na região.
O chanceler iraniano condenou os ataques militares conduzidos por EUA, Reino Unido e Israel contra o Iêmen, destacando que os EUA estão "violando descaradamente" o direito internacional ao agirem como representantes de Tel Aviv.
Araqchi também elogiou o que classificou como "apoio honroso do povo iemenita à Palestina". "Apesar de todos os crimes e atos de agressão, e mesmo com o apoio ilimitado dos EUA e de vários estados ocidentais, o regime sionista falhou em atingir seus objetivos malignos", afirmou o chanceler iraniano.
Por sua vez, o chanceler iemenita, Jamal Ahmed Amer, agradeceu o apoio do Irã ao povo iemenita diante das agressões hostis. Ele também alertou sobre as tentativas dos EUA e de Israel de controlar a região, destacando que as principais nações islâmicas devem utilizar seu grande potencial para impedir que seus inimigos alcancem esses objetivos.
Em relação ao Iêmen, citado pelo chanceler iraniano, trata-se de um país árabe onde os houthis têm apoio do Irã. Houthi nasceu nos anos 90, quando seu líder, Hussein al-Houthi, teve a iniciativa de lançar o “Believing Youth” (Juventude Crente), um movimento do islamismo xiita conhecido como zaidismo.Os houthis têm atacado Israel por causa do genocídio cometidas pelas forças israelenses na Faixa de Gaza, onde, segundo o Ministério da Saúde local, mais de 45 mil palestinos morreram desde então vítimas dos ataques de Israel.
No dia 1º de outubro deste ano, o Irã também lançou cerca de 200 mísseis contra Israel em retaliação a mortes de aliados do governo iraniano, como Hassan Nasrallah, que era chefe do Hezbollah.
Sobre o Irã, o governo israelense vinha dizendo que era atacado por forças iranianas desde outubro de 2023, quando também começaram os bombardeios na Faixa de Gaza.
Apoiado pelo Irã, o Hezbollah é sediado no Líbano, onde Israel lançou, em 23 de setembro, vários ataques, deixando mais de 500 pessoas morreram no dia mais mortal desde 2006. No dia 4 de novembro, o Ministério da Saúde libanês informou que, nos 13 meses anteriores, mais de 3 mil pessoas morreram e mais de 13 mil ficaram feridas por conta dos ataques israelenses. Mais de 1,2 milhão de pessoas foram obrigadas a se deslocar.
Autoridades jurídicas da África do Sul haviam denunciado Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) pelo crime de genocídio em Gaza. O órgão sediado na Holanda recomendou a paralisação do massacre, mas Israel expandiu suas ofensivas.
Apoiado pelos Estados Unidos, Netanyahu continua solto. Parlamentares da extrema-direita norte-americana haviam pressionado o TPI a não emitir um mandado de prisão contra o primeiro-ministro.
Em 21 de novembro, o Tribunal Penal Internacional, também sediado na Holanda, expediu mandados de prisão contra Netanyahu, contra o ex-ministro da Defesa de Israel Yoav Gallant, e contra Mohammed Deif, líder do Hamas que Israel disse ter matado. O grupo islâmico ocupa a Faixa de Gaza (com Sputnik).
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