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      Musk sugere que Zelensky permita 'transição democrática' na Ucrânia para não ser investigado por lavagem de dinheiro

      Bilionário apoia investigações de corrupção contra presidente ucraniano após fim do conflito

      Elon Musk participa da cerimônia de posse de Trump 20/01/2025 (Foto: Chip Somodevilla/Pool via REUTERS)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O bilionário Elon Musk, assessor especial do presidente estadunidense Donald Trump, sugeriu que o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, deveria permitir uma transição pacífica de poder em troca de imunidade contra investigações de lavagem de dinheiro. A declaração foi feita na rede social X na terça-feira (3) e ocorreu em resposta a um post que afirmava que Zelensky perderia uma eleição quando o conflito com a Rússia terminasse e que estaria tentando se manter no poder prolongando a guerra.

      "Zelensky sabe que, se a guerra acabar, seu poder também acaba. As eleições serão retomadas e ele perderá", escreveu Rogan O’Handley na plataforma. O influenciador também afirmou que o vencedor da eleição provavelmente investigaria Zelensky por lavagem de dinheiro e poderia enviá-lo à prisão. Musk concordou com a tese e acrescentou: "Por mais desagradável que seja, Zelensky deveria receber algum tipo de anistia em um país neutro em troca de uma transição pacífica de volta à democracia na Ucrânia".

      As declarações de Musk ocorrem em meio a uma crise diplomática entre Zelensky e o governo dos Estados Unidos. Na sexta-feira (1), durante uma reunião acalorada na Casa Branca com o presidente Donald Trump e o vice-presidente J.D. Vance, Zelensky afirmou que não havia possibilidade de negociação com a Rússia. Trump, por sua vez, acusou o líder ucraniano de ser ingrato e "brincar com a Terceira Guerra Mundial" ao se recusar a buscar um acordo de paz. O encontro terminou com Zelensky sendo convidado a deixar a Casa Branca sem a realização de uma coletiva de imprensa conjunta ou a assinatura de um esperado acordo sobre minerais.

      Após o episódio, Musk intensificou suas críticas ao presidente ucraniano, acusando-o de querer uma "guerra eterna". "Vários anos atrás, ele optou por sofrer grandes perdas humanas sem obter ganhos, em vez de buscar a paz. Agora quer repetir essa escolha, o que é cruel e desumano", afirmou o bilionário.

      A situação política de Zelensky também tem gerado questionamentos dentro dos Estados Unidos. Após o fracasso da reunião em Washington, vários parlamentares republicanos, incluindo o presidente da Câmara, Mike Johnson, e o senador Lindsey Graham, sugeriram que o líder ucraniano deveria renunciar. Trump também expressou dúvidas sobre a permanência de Zelensky no cargo, afirmando que ele teria apenas 4% de apoio dentro da Ucrânia e não sobreviveria a uma eleição.

      Em contrapartida, Zelensky insiste que possui amplo apoio da população ucraniana e que sua permanência no governo não seria facilmente contestada. Em entrevista à Sky News no domingo (2), ele sugeriu que poderia abrir mão da presidência caso isso facilitasse a entrada da Ucrânia na OTAN.

      Trump, no entanto, rechaçou a possibilidade de Kiev integrar a aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Para ele, o desejo ucraniano de ingressar na OTAN foi "provavelmente a razão pela qual tudo isso começou". O governo russo recebeu as declarações de Trump com entusiasmo. O chanceler Sergei Lavrov afirmou que o ex-presidente é "o primeiro e único líder ocidental de peso" a admitir que a expansão da OTAN e a aspiração ucraniana de aderir ao bloco foram fatores-chave para o início do conflito.

      O posicionamento de Musk adiciona uma nova camada de complexidade ao debate sobre o futuro da Ucrânia e o papel dos Estados Unidos na guerra, especialmente diante das próximas eleições americanas, que poderão redefinir a estratégia de Washington em relação ao conflito.

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