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    Negações de acesso e insegurança impedem ajuda humanitária a Gaza

    Segundo a ONU, a sobrevivência de dois milhões de pessoas está agora por um fio

    Caminhões com ajuda humanitária ficaram parados na cidade egípcia de Al-Arish (Foto: REUTERS)

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    Prensa Latina - Entre negações de acesso e aumento de saques, a entrega de ajuda vital das Nações Unidas em Gaza permanece praticamente paralisada, alertou na quinta-feira (21) um alto funcionário da organização.

    O coordenador humanitário da ONU para a Palestina, Muhannad Hadi, afirmou que os civis não têm acesso a apoio essencial, enquanto 75 saques de caminhões com mantimentos foram relatados até agora este ano, incluindo 15 ataques desde 4 de novembro.

    As padarias estão a fechar rapidamente devido à falta de farinha ou combustível para alimentar os geradores de energia, acrescentou o funcionário em declarações à imprensa do território ocupado. 

    “Durante mais de seis semanas, as autoridades israelenses impediram a entrada de todas as importações comerciais na Faixa de Gaza”, confirmou ainda, reivindicando as suas obrigações de permitir um acesso seguro e sem entraves. 

    Na opinião de Hadi, a sobrevivência de dois milhões de pessoas está agora por um fio, embora as agências das Nações Unidas continuem empenhadas em permanecer e cumprir as suas obrigações.

    No entanto, alertou que a sua capacidade para realizar essa missão é cada vez mais questionada.

    Uma perspectiva sombria também enfrenta os palestinos na Cisjordânia, onde as crianças têm sido mais afetadas pelos combates desde o início da crise em Outubro passado.

    Desde 7 de outubro de 2023, quatro crianças palestinas foram mortas todas as semanas, em média, na Cisjordânia, o que representa um aumento de três vezes em comparação com os primeiros nove meses de 2023, confirmou esta quinta-feira o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

    Ao mesmo tempo, acrescentou, a violência dos ocupantes do território palestino continua a deslocar menores palestinos naquela região.

    As estatísticas da ONU estimam que dos mais de 1.700 deslocados devido à violência, intimidação e assédio por parte dos ocupantes, aproximadamente metade eram crianças.

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