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Netanyahu impede qualquer acordo com o Hamas, afirma jornal israelense

A equipe de negociação israelense perdeu a credibilidade nas conversações devido à falta de cumprimento de promessas por ordens de Netanyahu

Bandeiras do Hamas (verde), de Israel e Benjamin Netanyahu (Foto: Reuters)

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247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, impediu em várias ocasiões nos últimos meses a concretização de um acordo de cessar-fogo e  troca de prisioneiros com o Hamas, afirmou nesta quinta-feira (8) o jornal The Times of Israel.

O jornal citou três funcionários de países mediadores que revelaram detalhes sobre as conversas indiretas entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).

As garantias dadas ao Catar, Egito e Estados Unidos pelos chefes de segurança israelenses nas negociações foram abandonadas repetidamente após consultas com Netanyahu, que em todas as ocasiões exigiu novas condições, afirmaram.

A equipe de negociação israelense sofre de uma falta de credibilidade nas conversas, apontaram as fontes.

Em vários momentos, os funcionários daquele país deram garantias sobre elementos do acordo que estavam dispostos a aceitar, mas depois recuaram desses compromissos devido à postura de Netanyahu, ressaltou um dos entrevistados.

Uma equipe israelense é liderada por David Barnea e Ronen Bar, os chefes da Mossad e do Shin Bet, as agências de segurança externa e interna, respectivamente.

Um dos consultados destacou que em várias ocasiões Barnea e Bar afirmaram que um acordo seria alcançado se o Hamas aceitasse retirar sua demanda por um cessar-fogo permanente nas primeiras fases do diálogo.

Os mediadores conseguiram convencer o grupo armado a abandonar essa reivindicação no mês passado, mas logo depois Netanyahu "emitiu uma série de novas exigências no final de julho, minando as concessões já acordadas pelos negociadores", explicaram as fontes.

Entre suas novas exigências está a recusa em retirar as tropas do chamado Corredor Filadélfia, uma faixa de terra palestina de 100 metros de largura e 14,5 quilômetros de comprimento que corre paralela à fronteira entre o Egito e Gaza.

Ele também exigiu estabelecer um novo mecanismo para impedir que palestinos armados se movam para o norte do território.

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